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Indústria

- Publicada em 14 de Janeiro de 2016 às 19:28

Indústria gaúcha cai sete vezes durante oito meses

 INDÚSTRIA, LINHA DE PRODUÇÃO.  FOTO DA CAPA    FÁBRICA DA AGCO EM CANOAS

INDÚSTRIA, LINHA DE PRODUÇÃO. FOTO DA CAPA FÁBRICA DA AGCO EM CANOAS


CLAITON DORNELLES/JC
O Índice de Desempenho Industrial do Rio Grande do Sul (IDI-RS) atingiu, em novembro do ano passado, o seu menor nível desde janeiro de 2003. A queda na atividade da indústria chegou a 0,8% na comparação mensal com outubro, com ajuste sazonal. Foi a sétima baixa nos últimos oito meses, puxada especialmente pelas compras, que caíram 2,9% no mês.
O Índice de Desempenho Industrial do Rio Grande do Sul (IDI-RS) atingiu, em novembro do ano passado, o seu menor nível desde janeiro de 2003. A queda na atividade da indústria chegou a 0,8% na comparação mensal com outubro, com ajuste sazonal. Foi a sétima baixa nos últimos oito meses, puxada especialmente pelas compras, que caíram 2,9% no mês.
"Continuam influenciando o desempenho do setor diversos fatores negativos, principalmente a contração da demanda interna e as incertezas nos âmbitos político e econômico", explicou o presidente da Fiergs, Heitor Müller, ao comentar, nesta quinta-feira, os resultados da pesquisa mensal realizada pela entidade. "A perda da confiança dos empresários, a ociosidade elevada e a queda do emprego, ao postergar investimentos e consumo, devem manter a tendência negativa nos próximos meses."
Já o ciclo de ajuste no mercado de trabalho continua: o emprego (-0,8%) caiu pelo 10º mês consecutivo. Outro indicador que aponta para perdas é a alta taxa de ociosidade das indústrias, cuja Utilização da Capacidade Instalada (UCI) alcançou apenas 77%, o mesmo percentual registrado em outubro. Também ficaram estáveis as horas trabalhadas na produção (-0,1%) e a massa salarial real (-0,1%). A alta de 0,4% do faturamento real foi o único dado positivo em novembro. Relativamente ao mesmo mês do ano anterior, a queda da atividade industrial alcançou 11,2% em novembro. Nessa métrica, são 21 taxas negativas consecutivas, recorde histórico.
No acumulado dos 11 meses de 2015, o IDI-RS recuou 9,4% na comparação com o mesmo período de 2014, marca só superada pela de 2009 (-14,3%). Todos os indicadores apresentaram quedas, principalmente o faturamento real (-12,3%) e as compras industriais (-16,4%). A contração da indústria, em relação a igual período anterior, também é generalizada setorialmente: atingiu 14 dos 17 setores pesquisados. Veículos automotores (-22,5%), Máquinas e equipamentos (-16,7%), Químicos e derivados de petróleo (-5,9%) e Móveis (-16,6%) são os que pressionam negativamente o desempenho global.

Volkswagen é a maior exportadora de veículos do Brasil, com alta de 35%

 INDÚSTRIA, LINHA DE PRODUÇÃO.  FOTO DA CAPA    FÁBRICA DA AGCO EM CANOAS

INDÚSTRIA, LINHA DE PRODUÇÃO. FOTO DA CAPA FÁBRICA DA AGCO EM CANOAS


CLAITON DORNELLES/JC
Maior exportadora de veículos do Brasil, a Volkswagen se beneficiou com a depreciação do câmbio e encerrou 2015 com a venda de 124.959 unidades para o exterior, o que significa um crescimento de 35% em relação ao volume de 2014, mostram dados divulgados pela montadora nesta quinta-feira, 14. O resultado ficou acima da média da indústria automotiva, que apresentou alta de 24,8% na mesma comparação, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
No ano passado, todas as montadoras instaladas no Brasil exportaram um total de 416,9 mil unidades. As vendas da Volkswagen representaram 30% desse valor. Em 2015, a empresa iniciou os embarques do modelo up! para Uruguai, México e Peru. Lançado no começo de 2014, o up! sofreu no mercado interno e não conseguiu ficar entre os 10 mais vendidos do País em sua categoria, a de automóveis. O modelo mais exportado pela marca no ano passado foi o Gol, com 54.834 unidades, seguido do Voyage (22.406) e da Saveiro (19.883). A Volkswagen exportou para 16 países em 2015. Destes, a Argentina segue como o principal mercado da marca no exterior, responsável pela compra de 68.788 unidades, mais da metade do total embarcado. "As exportações são importantes na tentativa de um melhor equilíbrio financeiro, mesmo diante de uma queda expressiva nas vendas do setor automotivo no mercado interno", avalia o presidente da Volkswagen do Brasil, David Powels.
Para o vice-presidente de Vendas e Marketing, Jorge Portugal, o real desvalorizado contribuiu para o aumento das exportações, mas não foi o único fator. "É importante destacar que alguns países da América Latina também sofrem com a desvalorização das suas moedas. Porém, mesmo diante desses desafios, a Volkswagen reforçou sua estratégia de exportação e incrementou o portfólio com novos produtos", argumentou.
Com a expectativa de que o mercado interno continue enfraquecido em 2016, as vendas externas devem ser a aposta das montadoras neste ano, uma vez que o câmbio seguirá depreciado, tornando o veículo brasileiro mais competitivo no exterior.

Produção de motocicletas no País tem queda de 16,8%

A produção de motocicletas caiu 16,8% em 2015, segundo balanço divulgado na quinta-feira pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Bicicletas e Similares (Abraciclo). De janeiro a dezembro do ano passado, foram produzidos 1,26 milhão de motocicletas contra 1,51 milhão no mesmo período de 2014.
Em dezembro último, as indústrias fabricaram 50,6 mil motos, 40,3% menos do que as 84,8 mil produzidas no mesmo mês de 2014. Em relação a novembro, quando foram produzidas 74,9 mil unidades, a queda é de 32,5%. A Abraciclo pondera, no entanto, que dezembro é um mês em que muitas empresas entram em férias coletivas e a produção registra uma redução sazonal. Para 2016, a associação projeta um aumento de 2,5% na produção em relação ao ano passado, chegando a 1,29 milhão de unidades.