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Agronegócios

- Publicada em 14 de Janeiro de 2016 às 22:20

Frutas apresentam prejuízos devido ao clima no Rio Grande do Sul

 CADERNO VINHOS E ESPUMANTES 2013.  CADERNO GASTRONOMIA E VINHOS 2013.    VINÍCOLA CASA VALDUGA - VIA TRENTO - VALE DOS VINHEDOS - BENTO GONÇALVES    NA FOTO: COLHEITA EM PARREIRAL DE CONDUÇÃO LATADA DA UVA DO TIPO ISABEL (SUCO DE UVA). ABRAMO GARBIN, 74 ANOS PRODUTOR RURAL DA VINÍCOLA CASA VALDUGA, PARTICIPA DA VINDIMA DESDE PEQUENO.

CADERNO VINHOS E ESPUMANTES 2013. CADERNO GASTRONOMIA E VINHOS 2013. VINÍCOLA CASA VALDUGA - VIA TRENTO - VALE DOS VINHEDOS - BENTO GONÇALVES NA FOTO: COLHEITA EM PARREIRAL DE CONDUÇÃO LATADA DA UVA DO TIPO ISABEL (SUCO DE UVA). ABRAMO GARBIN, 74 ANOS PRODUTOR RURAL DA VINÍCOLA CASA VALDUGA, PARTICIPA DA VINDIMA DESDE PEQUENO.


JOÃO MATTOS/JC/JC
No decorrer desta safra, o clima tem sido muito prejudicial à viticultura. De acordo com a Emater, não houve frio suficiente no inverno para a hibernação, e a quebra de dormência proporcionou uma brotação desuniforme. Isso porque no início de agosto houve um período de calor, antecipando a brotação, e em meados de setembro ocorreu geada, afetando parreirais situados em regiões mais baixas, comprometendo a produção, em alguns casos com perdas acima de 80%.
No decorrer desta safra, o clima tem sido muito prejudicial à viticultura. De acordo com a Emater, não houve frio suficiente no inverno para a hibernação, e a quebra de dormência proporcionou uma brotação desuniforme. Isso porque no início de agosto houve um período de calor, antecipando a brotação, e em meados de setembro ocorreu geada, afetando parreirais situados em regiões mais baixas, comprometendo a produção, em alguns casos com perdas acima de 80%.
O excesso de chuvas por longos períodos também causou prejuízos aos parreirais, impedindo o produtor de realizar os tratamentos fitossanitários. A antracnose e principalmente o míldio têm sido presença constante nos vinhedos. De um modo geral, estima-se uma queda de 50% da produção inicialmente prevista. Além das doenças ocorridas durante a fase vegetativa e desenvolvimento das bagas, agora, no período de colheita, com as condições de tempo adversas, devido às chuvas frequentes e o calor, têm ocorrido doenças características da fase de colheita, como as podridões de bagas.
O pêssego também sofreu reveses na produtividade e qualidade das frutas, impostos pelas adversidades climáticas ocorridas nos períodos de inverno e primavera. Na região Serrana, está acelerada a colheita da variedade Eragil, fruta com características bem marcantes, como o calibre avantajado, a polpa amarela, formato com bico grande e carroço solto. Mesmo variedades mais tardias foram severamente afetadas pelo clima, com redução da produtividade, considerável número de frutas malformadas, sabor e coloração deficientes.

Redução das chuvas favorece a recuperação das lavouras de arroz no Rio Grande do Sul

Segundo a Emater, a última semana foi de melhores condições para a retomada do desenvolvimento do arroz, uma vez que as chuvas foram esparsas e de menor intensidade, com períodos maiores de insolação e temperaturas em elevação. Mesmo assim, ainda persistem fatores limitantes a serem enfrentados pelos produtores: reconstrução de taipas, bueiros, estradas de acesso e desentupimento de drenos são alguns dos trabalhos que os orizicultores ainda terão que refazer para que as lavouras sigam a contento, o que implica em aumento dos custos de produção.
Com o recuo das águas, o setor começa a melhor avaliar o real tamanho do prejuízo causado pelas pesadas chuvas do final de 2015. Segundo o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), 140 mil hectares (ha) foram alagados, dos quais cerca de 34 mil tiveram perda total. No momento a cultura se encontra com 15% das lavouras em fase de floração e 1% em enchimento de grão. Na comparação com a média dos últimos anos, o atraso é de 10 pontos percentuais. Segundo a meteorologia, ocorrerá pouca chuva nos próximos 15 dias, o que poderá influenciar, de forma positiva, as lavouras.
Ainda que as condições de tempo fossem favoráveis, a umidade do solo, por vezes ainda em excesso, foi limitante para um efetivo avanço da colheita do milho, que no momento chega a 6% do total da área projetada. As regiões de Santa Rosa e Frederico Westphalen já alcançam 12% de suas respectivas áreas. As produtividades obtidas nessas primeiras lavouras têm variado entre 7,2 mil kg/ha e 8,4 mil kg/ha, o que é elevado para essas regiões.
Na cultura da soja, com aproximadamente 25% das lavouras em florescimento e com algumas em enchimento de grãos (5%), é bom o desenvolvimento das plantas. Com a melhora das condições climáticas, houve intensificação no controle de ervas invasoras e de doenças. Muitos agricultores aproveitaram para realizar a primeira aplicação de fungicida, tendo em vista que em algumas lavouras foram identificados focos de ferrugem asiática.