Ontem, mais uma vez, a Bovespa não sustentou os ganhos exibidos pela manhã e fechou em queda, abaixo dos 39 mil pontos. Os dados da balança da China incentivaram as compras pela manhã, mas os estoques de petróleo e derivados dos EUA chamaram as vendas à tarde.
A bolsa brasileira marcou ontem sua sexta queda consecutiva, de 1,44%, aos 38.944 pontos, no menor nível desde 16 de março de 2009 (38.607 pontos). Nesses seis pregões, acumulou perdas de 8,20% e, em janeiro, a queda alcança 10,16%. O giro financeiro totalizou R$ 5,087 bilhões.
A Bovespa acompanhou o efeito dos dados da balança chinesa sobre os ativos pela manhã e operou em alta, recuperando parte da queda dos últimos dias. Pequim anunciou que seu superávit comercial ficou em US$ 60,1 bilhões em dezembro, acima da previsão dos analistas. Tanto as exportações quanto as importações caíram bem menos do que o projetado.
As compras chinesas de petróleo bruto registraram avanço anual de 9,3% em dezembro e puxaram a commodity pela manhã. No começo da tarde, os dados de estoques de petróleo e derivados divulgados pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) vieram muito acima das previsões e derrubaram o preço do petróleo.
Segundo o DoE, os estoques de gasolina e destilados subiram muito mais do que as estimativas. No final da sessão, entretanto, o contrato do petróleo para fevereiro avançou 0,13%, a US$ 30,48. O efeito dos estoques sobre o petróleo e este sobre Wall Street culminou na inversão do Ibovespa para o campo negativo.
Petrobras e Vale, que subiam pela manhã, viraram para o negativo à tarde e pressionaram o índice para baixo, num movimento coordenado com outros papéis, como os dos setores financeiro e siderúrgico. Petrobras ON caiu 2,86%, e a PN fechou em baixa de 4,70%. Vale ON teve queda de 4,36% na ON e de 3,03% na PNA.
Em relação ao dólar, a moeda norte-americana à vista encerrou cotada nos R$ 4,0102, em queda de 0,83% no Brasil.