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Conjuntura

- Publicada em 13 de Janeiro de 2016 às 19:14

Para a agência S&P, Brasil enfrenta situação extremamente grave

 PETRÓLEO  CE AFP  (FILES) THIS AUGUST 21, 2013 FILE PHOTO SHOWS AN OIL WELL NEAR TIOGA, NORTH DAKOTA. OIL PRICES JANUARY 5, 2015 FELL BELOW $50 USD PER BARREL FOR THE FIRST TIME SINCE 2009 ON A ROCKY DAY IN GLOBAL FINANCIAL MARKETS.    AFP PHOTO / KAREN BLEIER / FILES

PETRÓLEO CE AFP (FILES) THIS AUGUST 21, 2013 FILE PHOTO SHOWS AN OIL WELL NEAR TIOGA, NORTH DAKOTA. OIL PRICES JANUARY 5, 2015 FELL BELOW $50 USD PER BARREL FOR THE FIRST TIME SINCE 2009 ON A ROCKY DAY IN GLOBAL FINANCIAL MARKETS. AFP PHOTO / KAREN BLEIER / FILES


KAREN BLEIER/AFP/JC
A agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) se declarou ontem menos preocupada com a China do que com a situação alarmante de países emergentes, entre eles o caso "extremamente grave" do Brasil.
A agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) se declarou ontem menos preocupada com a China do que com a situação alarmante de países emergentes, entre eles o caso "extremamente grave" do Brasil.
"Estamos muito mais preocupados com as perspectivas dos países emergentes, fora a China, e em particular pelos países produtores de matérias-primas", do que com a desaceleração econômica do gigante asiático, admitiu Jean-Michel Six, chefe economista da agência para a Europa, Oriente Médio e África, em coletiva de imprensa, de acordo com a agência de notícias AFP.
Six citou o "caso extremamente grave" do Brasil. "Cai tudo de uma vez sobre este país: está penalizado pelo endurecimento monetário nos Estados Unidos (...), pela China, pelas matérias-primas e por uma política econômica e, sobretudo, por uma governança econômica que tem suas fragilidades", afirmou.
O diretor destacou os grandes riscos da queda dos preços do petróleo para "as perspectivas de crescimento (...) nos países emergentes", produtores e fortemente dependentes das cotações das matérias-primas e do petróleo.
Com um petróleo afundado a cerca de US$ 30 o barril, "estamos em uma zona de incerteza e de debilidade que é alarmante para esses países", acrescentou Six.
Já a desaceleração da economia chinesa, que gerou turbulências nas bolsas, não gera a mesma preocupação na direção da S&P. É preciso "relativizar a magnitude" dessa desaceleração, que pode ser bem-vinda, disse Six, que citou exemplos de outros países, como o Japão, que vivenciaram - como acontece agora com a China - uma transição em seu modelo econômico "do investimento ao consumo".

Principal problema do País é perda de credibilidade, avalia a Moodys

O principal problema para o Brasil é a grave perda de credibilidade, segundo análise feita pela agência de classificação de risco Moody's, a única das três maiores agências ainda manter o País com grau de investimento.
O relatório destaca que uma sequência de erros do passado tornou muito mais difícil para as autoridades convencerem os mercados de que são capazes de manter o orçamento equilibrado e a inflação sob controle, algo que eles não fizeram nos anos de forte crescimento e agora precisam fazer enquanto a economia está em retração.
"Para implementar mudanças profundas e aumentar a eficácia das políticas, a credibilidade precisa ser restaurada", disse o diretor da Moody's para a América Latina, Alfredo Coutinho.