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Sistema financeiro

- Publicada em 13 de Janeiro de 2016 às 18:09

Crédito para veículos tem queda de 16,9% em 2015

 PÁTIO DA MONTADORA GM EM GRAVATAÍ, IMAGENS PARA DEMONSTRAR O NÚMERO DE VEICULOS ESTOCADOS

PÁTIO DA MONTADORA GM EM GRAVATAÍ, IMAGENS PARA DEMONSTRAR O NÚMERO DE VEICULOS ESTOCADOS


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O número de veículos financiados em 2015 acompanhou a queda nas vendas do mercado automotivo e registrou baixa de 16,9% em relação a 2014, mostram dados preliminares da Unidade de Financiamento da Cetip. Foram 5,311 milhões de contratos no ano passado, considerando veículos novos e usados. Para os novos, houve recuo de 26% em comparação com 2014, para 2,338 milhões. Para os usados, a baixa foi de 8%, para 2,973 milhões.
O número de veículos financiados em 2015 acompanhou a queda nas vendas do mercado automotivo e registrou baixa de 16,9% em relação a 2014, mostram dados preliminares da Unidade de Financiamento da Cetip. Foram 5,311 milhões de contratos no ano passado, considerando veículos novos e usados. Para os novos, houve recuo de 26% em comparação com 2014, para 2,338 milhões. Para os usados, a baixa foi de 8%, para 2,973 milhões.
"A diminuição da renda disponível entre os trabalhadores e a queda da confiança do consumidor foram os principais fatores para o recuo em 2015", avalia o gerente de Relações Institucionais da Cetip, Marcus Lavorato. "Se você pede um empréstimo que vai comprometer sua renda, tem que acreditar na recuperação da economia e que vai continuar empregado", observou. Além disso, ficou menor o apetite das instituições financeiras para conceder crédito.
Lavorato destacou também que a retração no financiamento atingiu principalmente as montadoras que lideram as vendas dos segmentos de automóveis e comerciais leves no Brasil: GM, Fiat e Volkswagen. "Possivelmente devido a uma maior participação de veículos de entrada no portfólio, segmento voltado para um público com renda menor e mais vulnerável à crise e à inflação", disse. "Na hora de escolher se compra ou não, uma quantia de R$ 200,00 já faz a diferença na hora de fazer o financiamento."
Líder do mercado em 2015, a Fiat teve a maior queda nos financiamentos em relação a 2014, de 39,2%. Volkswagen e GM aparecem em seguida, com recuos de 36,6% e 33,5%, respectivamente. Em dezembro de 2015, os financiamentos, considerando todas as montadoras, tiveram alta de 18,9% em relação a novembro, em razão do tradicional aquecimento da economia no último mês do ano, que conta com a injeção do 13º salário. No entanto, na comparação com igual mês do ano anterior, houve baixa de 44,4%.
Os números de financiamento estão em linha com os dados de vendas do ano passado, divulgados na semana passada pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em 2015, foram 2,569 milhões de unidades vendidas, recuo de 26,5% em relação ao volume de 2014 (3,497 milhões), a maior retração desde 1987. Foi o terceiro ano seguido de queda. Em 2014, houve recuo de 7,15% em relação ao ano anterior. Em 2013, a queda havia sido de 0,9%, a primeira baixa em 10 anos.
Por segmento, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves somaram 2,476 milhões de unidades no ano passado, baixa de 25,5% sobre 2014. Entre caminhões, a queda foi de 47,6%, para 71,7 mil unidades. No caso dos ônibus, houve recuo de 36,5%. O setor automotivo teve seu auge em 2012, quando vendeu 3,8 milhões de unidades. À época, o mercado ainda contava com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), medida que tornou os veículos mais baratos e estimulou o consumo.

Transferência bancária por TED não exige mais valor mínimo

As transferências bancárias por meio de TED (Transferência Eletrônica Disponível) deixarão de ter valor mínimo a partir de amanhã. Até o dia 14 de janeiro, o valor mínimo será de R$ 250,00. A diferença entre a TED e outros tipos de movimentação financeira é que a compensação do crédito é feita no mesmo dia, mesmo quando a transação ocorre entre bancos diferentes. Em outras modalidades, como o cheque ou o DOC (Documento de Crédito), é necessário aguardar pelo menos um dia para o dinheiro ser transferido.
A compensação do DOC é semelhante à de um cheque, feita à noite pelos bancos e pode ser devolvida caso o cliente não tenha fundos ou forneça informações incorretas na operação. Já a TED é aceita apenas quando o cliente tem recursos disponíveis e as informações estão todas corretas.
Com a mudança, o DOC perderá mais espaço entre os clientes. Isso porque o valor máximo de um DOC é de R$ 4.999,99, enquanto a emissão de uma TED não possui limite. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o objetivo da mudança é facilitar as transferências entre bancos diferentes. A tarifa da TED varia conforme a política comercial de cada banco. É possível consultar os valores na Febraban.
Com a TED, basta ao cliente acessar a página do banco na internet ou outros canais eletrônicos de autoatendimento para efetuar a transferência. Segundo a Federação, tem crescido a preferência dos clientes por transferências eletrônicas. Criada em 2002, a TED estava limitada a operações de pelo menos R$ 5 milhões. O limite foi reduzido para R$ 5 mil em 2003,
R$ 3 mil em 2010, R$ 2 mil em 2012, R$ 1 mil em 2013 e R$ 750,00 em 2014. No ano passado, foram duas reduções - primeiro, para R$ 500,00 e, finalmente, para R$ 250,00.