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Economia

- Publicada em 07 de Janeiro de 2016 às 19:09

Ibovespa sofre queda de 2,58%


O exterior foi decisivo para o recuo da Bovespa nesta quinta-feira. A desvalorização do yuan e o tombo das bolsas chinesas, fechadas antecipadamente por causa do circuit breaker, espalharam mais uma onda de aversão pelo globo, impactaram as commodities e assustaram principalmente os países exportadores de matérias-primas, como o Brasil.
O exterior foi decisivo para o recuo da Bovespa nesta quinta-feira. A desvalorização do yuan e o tombo das bolsas chinesas, fechadas antecipadamente por causa do circuit breaker, espalharam mais uma onda de aversão pelo globo, impactaram as commodities e assustaram principalmente os países exportadores de matérias-primas, como o Brasil.
A Bovespa acabou o dia em baixa de 2,58%, na mínima do dia, aos 40.694 pontos, menor nível desde 30 de março de 2009 (40.653 pontos). Na máxima, marcou 41.772 pontos (estável). No mês, acumula perda de 6,12%. O giro financeiro somou R$ 6,042 bilhões.
O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, despencou 7,32%, num pregão de apenas meia hora, encurtado pelo circuit breaker. As firmes ordens de vendas foram disparadas com o pessimismo dos agentes após Banco do Povo da China (PBoC, o Banco Central chinês) ter estabelecido a taxa de paridade para as transações cambiais desta quinta-feira em 6,5646 yuans por dólar, o menor nível desde 2011 e 0,5% abaixo dos 6,5314 yuans por dólar de ontem. O ajuste na taxa de referência foi o mais forte desde 13 de agosto.
Há uma expectativa no mercado de que o yuan vai se desvalorizar ainda mais. Os economistas avaliam que o BC do país permitir a desvalorização da moeda é o reconhecimento de que a economia chinesa enfrenta desafios maiores este ano e qualquer incentivo que uma moeda enfraquecida venha a dar às exportações do país ajudaria a superar a desaceleração atual.
Vale destacar que a desvalorização da moeda chinesa favorece as exportações, mas dificulta as importações, o que prejudica as empresas que vendem para a China, como a brasileira Vale e siderúrgicas. Não por acaso Vale tombou 5,95% na ON e 5,90% na PNA. Gerdau PN caiu 4,52%, Metalúrgica Gerdau PN cedeu 6,25%, Usiminas PNA recuou 5,74%, e CSN ON, 2,37%. Petrobras teve uma queda mais comedida. A ação ON caiu 2,85% e a PN, 2,19%.
A aversão a risco gerada pelo temor de desaceleração econômica na China foi determinante para a alta de 1,04% do dólar, que fechou nesta quinta-feira valendo
R$ 4,0491 no mercado à vista, maior cotação desde 29 de setembro. O volume de negócios reduzido também favoreceu a pressão sobre a moeda americana.
Nos mercados de moedas, a crise chinesa se traduziu na alta do dólar ante várias divisas de países emergentes, entre elas o real. Pela manhã, a moeda americana chegou à cotação máxima de
R$ 4,0699 ( 1,56%). Segundo profissionais do mercado de câmbio, o patamar elevado da divisa atraiu exportadores, que venderam dólares de suas vendas no exterior.
A presença mais forte de recursos de exportações acabou por conter as cotações da moeda pela manhã e até parte do período da tarde, quando a cotação chegou à mínima de R$ 4,0255 ( 0,45%). Com o fim desse movimento, as cotações voltaram a avançar.
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