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Economia

- Publicada em 07 de Janeiro de 2016 às 18:36

Poupança registra pior ano da série histórica

Crise e juros levaram os brasileiros a retirar recursos da caderneta

Crise e juros levaram os brasileiros a retirar recursos da caderneta


GABRIELA DI BELLA/ARQUIVO/JC
A crise econômica e os juros altos afetaram as economias dos brasileiros. A caderneta de poupança registou R$ 50,1 bilhões a mais de saques do que os depósitos em 2015, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC). Foi o pior ano da aplicação mais popular do País visto desde quando o BC passou a registrar os dados em 1995.
A crise econômica e os juros altos afetaram as economias dos brasileiros. A caderneta de poupança registou R$ 50,1 bilhões a mais de saques do que os depósitos em 2015, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC). Foi o pior ano da aplicação mais popular do País visto desde quando o BC passou a registrar os dados em 1995.
Apenas em dezembro, as famílias conseguiram depositar mais do que sacar. A chamada captação líquida ficou no azul em R$ 4,8 bilhões. Nos demais meses do ano, os brasileiros retiraram mais recursos do que aplicaram. O orçamento ficou menor por causa da inflação que chegou aos dois dígitos no ano passado. Várias famílias passaram até a sacar mais recursos para complementar a renda do mês. O desemprego em alta também colaborou para a sangria da aplicação.
Outro fator também contribui para as retiradas: os juros mais altos. Como a caderneta de poupança rende menos que os fundos de investimentos quando o BC eleva a taxa básica (Selic), há uma corrida para esse outro tipo de aplicação financeira.
Eles são uma opção melhor para proteger o dinheiro do que a poupança, que tem retorno de 6%, mais TR (Taxa Referencial), ou seja, quem deixa dinheiro aplicado lá perde recursos. Isso porque a inflação está em 10,48% acumulados no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses. Mesmo assim, os brasileiros ainda mantêm R$ 509,2 bilhões.
Esses recursos são importantes porque a maior parte deles é usada para os bancos usarem para financiar a casa própria. Com essa saída em massa, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou mudanças nas regras bancárias para liberar
R$ 22,5 bilhões para o crédito imobiliário. O colegiado alterou - por dois anos - as normas do chamado depósito compulsório sobre a poupança, uma parte do que os bancos recebem dos depósitos na aplicação mais popular do País, que não podem usar e têm de deixar parada no Banco Central.
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