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Comércio Exterior

- Publicada em 04 de Janeiro de 2016 às 21:51

Balança tem o melhor saldo anual desde 2011

 DF - BALANÇA COMERCIAL DE 2015 - GERAL - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgam os resultados da balança comercial de 2015 nesta segunda-feira (04), no auditório do Edifício da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), localizado na EQN 102/103, lote 1, Asa Norte, em Brasília, DF. 04/01/2016 - Foto: CHARLES SHOLL/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

DF - BALANÇA COMERCIAL DE 2015 - GERAL - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgam os resultados da balança comercial de 2015 nesta segunda-feira (04), no auditório do Edifício da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), localizado na EQN 102/103, lote 1, Asa Norte, em Brasília, DF. 04/01/2016 - Foto: CHARLES SHOLL/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


CHARLES SHOLL/FUTURA PRESS/AE/JC
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) informou, nesta segunda-feira, que o resultado da balança comercial de 2015, superavitário em US$ 19,681 bilhões, é o melhor desde 2011, quando o saldo comercial brasileiro foi de US$ 29,793 bilhões. O superávit foi ajudado pela alta do dólar.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) informou, nesta segunda-feira, que o resultado da balança comercial de 2015, superavitário em US$ 19,681 bilhões, é o melhor desde 2011, quando o saldo comercial brasileiro foi de US$ 29,793 bilhões. O superávit foi ajudado pela alta do dólar.
O desempenho não significa que as vendas de produtos brasileiros aumentaram significativamente, mas que as importações caíram em uma velocidade mais rápida. Em relação a 2014, as exportações caíram 14,1%. O Brasil vendeu US$ 191,1 bilhões, e o governo estima que, se não fosse a queda do preço internacional das commodities, esse resultado seria US$ 30 bilhões maior.
Mesmo sem impulsionar as exportações como previsto, a alta da moeda norte-americana freou as importações. As compras de importados caíram nada menos que 24,3%. O País importou apenas US$ 171,5 bilhões, porque a economia está em recessão e a demanda está em queda. Em 2014, a balança comercial brasileira teve um déficit de US$ 4,1 bilhões.
O saldo comercial de dezembro, de US$ 6,240 bilhões, foi o melhor de todos os meses da série histórica, iniciada em 1989.
Segundo o Mdic, as exportações brasileiras registraram média diária de US$ 762,9 milhões em dezembro, queda de 4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações registraram média diária de US$ 479,2 milhões, com recuo de 38,7%.
A média diária de exportações no ano foi de US$ 764,5 milhões, uma queda de 14,1% ante 2014, quando terminou em US$ 889,7 milhões. Já nas importações, a queda foi de 24,3%, passando de US$ 905,7 milhões em 2014 para US$ 685,8 milhões em 2015.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, disse que o superávit na balança comercial "impacta positivamente nas contas externas do País".
Godinho destacou que houve alta no quantum exportado pelo País e que a queda nos valores reflete a redução de preços, principalmente, das commodities (produtos básicos).
De acordo com dados do ministério, o volume total exportado pelo Brasil em 2015 foi de 637,6 milhões de toneladas. O número supera os 576,7 milhões de toneladas registrados em 2014 e é a maior quantidade desde o início da série histórica do governo, em 1997.
Entre os produtos afetados pelo fenômeno da queda de preços estão o minério de ferro, complexo soja e petróleo bruto. Segundo o secretário, eles responderam, juntos, por cerca de 70% da queda total das exportações brasileiras em 2015.
O minério registrou recuo de 44,8% no valor exportado, mas alta de 7,6% nas quantidades embarcadas. A soja, recuo de 8,8% no valor vendido e aumento de 20,3% nas quantidades. No caso do petróleo, o valor exportado caiu 27,1%, e o volume embarcado subiu 48% em relação a 2014.
Por outro lado, houve itens da pauta de exportações que foram exceções e registraram alta no valor e na quantidade exportadas, mesmo com a tendência mundial de queda de preços. No caso da celulose, o valor exportado cresceu 6,9%, e a quantidade, 9,8%, mesmo com queda de 2,7% nos preços no mercado internacional. Os aviões também estão nesse grupo, com alta de 19% no valor vendido e de 21,9% na quantidade, mesmo com os preços recuando 2,3%.

Transações com parceiros tradicionais recuaram em 2015

Vendas para a China e Estado Unidos recuaram, lamentou Godinho

Vendas para a China e Estado Unidos recuaram, lamentou Godinho


CHARLES SHOLL/FUTURA PRESS/AE/JC
Em 2015, o Brasil registrou queda no valor exportado para alguns de seus principais parceiros comerciais. As vendas para a China, por exemplo, recuaram 11,3% e para os Estados Unidos, 9,7%. O secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, afirmou que 2015 foi um ano "difícil para o comércio internacional como um todo".
Para Godinho, os 70 países que representam 90% de todo o comércio internacional tiveram, em conjunto, queda de 11% nas exportações e de 13% nas importações. Ele admitiu ainda que a redução nas importações brasileiras em 2015 esteve relacionada à queda na atividade econômica interna.
O secretário acrescentou que o governo projeta um cenário melhor para 2016, pelo menos para as exportações. Estas, segundo ele, devem ser beneficiadas pelo aumento da safra de grãos e pela expectativa de estabilidade nos preços das commodities agrícolas.
Além disso, o governo prevê que o dólar valorizado continuará ajudando as exportações de manufaturados. O secretário manteve previsão do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, de superávit da balança de
US$ 35 bilhões em 2016.
Um dos destaques entre os parceiros comerciais do Brasil em 2015 foi a Argentina. Segundo Godinho, o Brasil reduziu a queda nas exportações para o país vizinho de 27%, em 2014, para 9% em 2015. "Nós apostamos que, mesmo com a desvalorização cambial (na Argentina), temos tudo para aumentar as exportações para lá."
O novo presidente argentino, Maurício Macri, cumpriu promessa de campanha e eliminou as barreiras comerciais que tornavam difíceis as transações comerciais do Brasil com o país. No entanto, o governo de Macri também derrubou as restrições à compra de dólares, o que provocou uma valorização da moeda norte-americana desfavorável a que a Argentina importe bens.

Mercosul quer trocar ofertas com União Europeia até março, afirma secretário

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, afirmou que o Brasil espera que a troca de ofertas do acordo entre Mercosul e União Europeia ocorra até março deste ano.
"Sinalizamos aos europeus que gostaríamos de tê-las trocado (as ofertas) em 2015. Agora, queremos trocar, no máximo, até o primeiro trimestre", afirmou. Segundo ele, a conclusão do acordo, próximo passo após a troca de ofertas, também pode ser neste ano.
As negociações para um acordo entre Mercosul e União Europeia começaram no final da década de 1990 e, desde então, avançam de maneira inconsistente. No ano passado, o diálogo foi retomado, e os dois blocos chegaram a marcar a troca de ofertas para o último trimestre do ano passado, o que acabou não acontecendo. Daniel Godinho disse que a questão, agora, depende dos europeus.
O secretário de Comércio Exterior destacou o empenho do governo nas parcerias comerciais em 2015 e citou como exemplo o acordo automotivo com o México. Segundo Godinho, isso deve continuar em 2016, com implementação de mais ações previstas no Plano Nacional de Exportações. De acordo com o secretário, o País pretende firmar um acordo amplo com o México, além do automotivo, incluindo investimentos, serviços, compras governamentais e propriedade intelectual. "Já realizamos a troca de ofertas iniciais com o México, e o prazo previsto para a conclusão é o mês de julho", informou Godinho. O Brasil pode negociar também com o Canadá. "Há intenção de iniciar um negociações com o Canadá, já abrimos consulta pública."