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Economia

- Publicada em 04 de Janeiro de 2016 às 22:05

Montadoras enfrentam a maior retração na comercialização de veículos em 28 anos

 Chairman, president and CEO of Nissan Motor Co., Ltd., Carlos Ghosn, speaks during a press conference at the company headquarters in downtown Rio de Janeiro, Brazil on January 4, 2016. Ghosn said that despite the economic crisis that faces the government of President Dilma Rousseff, Nissan will maintain its investments in 2016. AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA

Chairman, president and CEO of Nissan Motor Co., Ltd., Carlos Ghosn, speaks during a press conference at the company headquarters in downtown Rio de Janeiro, Brazil on January 4, 2016. Ghosn said that despite the economic crisis that faces the government of President Dilma Rousseff, Nissan will maintain its investments in 2016. AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
As vendas de veículos (entre carros, utilitários leves, caminhões e ônibus) encerraram o ano passado com queda de 23,9%, maior retração percentual do mercado brasileiro desde 1987. Segundo fontes do setor automotivo, as montadoras comercializaram 2,191 milhões de unidades entre janeiro e dezembro de 2015 contra 2,880 milhões de 2014.
As vendas de veículos (entre carros, utilitários leves, caminhões e ônibus) encerraram o ano passado com queda de 23,9%, maior retração percentual do mercado brasileiro desde 1987. Segundo fontes do setor automotivo, as montadoras comercializaram 2,191 milhões de unidades entre janeiro e dezembro de 2015 contra 2,880 milhões de 2014.
Com o recuo de 2015, o setor automotivo acumula três anos consecutivos de queda nas vendas - somando perda de 32,5% - depois de um ciclo de nove anos de alta. Na quinta-feira, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgará os dados oficiais relativos à produção de veículos no ano passado.
Durante o ano, mais de 400 revendas de carros fecharam as portas e 26 mil empregados foram demitidos, segundo dados da Fenabrave. A entidade estima ainda que os cortes podem atingir 40 mil funcionários até a metade deste ano.
Ontem, o presidente da Nissan, Carlos Ghosn, disse que as vendas de carro no Brasil devem cair mais do que os 5% previstos pela Anfavea. Segundo o executivo, que esteve no Rio de Janeiro para o lançamento do modelo Kicks, um SUV (utilitário esportivo) que será produzido na fábrica da empresa em Resende, a estimativa da Anfavea é até otimista, diante da queda nas vendas em 2015, que deve chegar a 25%.
"Não posso dizer que 2015 foi um grande ano. Se em 2016 o mercado contrair 5% já será uma boa notícia", disse.
O presidente da montadora, que é uma das patrocinadoras da Olimpíada de 2016, disse esperar quedas também em 2017. "Seria uma surpresa se o mercado voltasse a crescer neste ano, e esperamos o mesmo para 2017."
Apesar do mau momento, a Nissan está investindo no lançamento de um novo modelo de SUV ou crossover, como são conhecidos os carros utilitários esportivos, que são mais altos que os de passeio e com design inspirado nos automóveis offroad. Esses modelos, contudo, são usados principalmente na cidade.
O modelo Kicks foi lançado nesta segunda-feira, mas a empresa não revelou datas para início da fabricação no Brasil, bem como valores iniciais.
O Kicks será testado inicialmente no Brasil para mais adiante ser oferecido em todos os mercados da Nissan no mundo. De acordo com Ghosn, o carro começará a ser comercializado "em breve".
Para isso, a Nissan irá investir, a partir deste ano, R$ 750 milhões em sua fábrica em Resende, no Sul fluminense. Serão contratadas também 600 pessoas para a nova linha de produção.
O carro terá um índice de nacionalização (peças nacionais) de 70% e será o terceiro modelo da montadora feito no País, ao lado de March e Versa.
O presidente da Nissan Brasil, Francois Dossa, afirmou que, a despeito do mercado em queda, não haverá demissões neste ano. A empresa colocou 279 funcionários em lay-off, espécie de férias coletivas, em meados de 2015, que já voltaram aos seus postos. Atualmente a fábrica tem 1.500 empregados.
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