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Mercado de Capitais

- Publicada em 03 de Janeiro de 2016 às 19:29

Bovespa tem o pior resultado entre as maiores bolsas

A conjunção de más notícias que assolou o Brasil em 2015, como a crise política, os desdobramentos da Operação Lava Jato, a recessão econômica e a perda do grau de investimento, fez a bolsa recuar sete anos em pontuação (43.395) e ficar entre os piores desempenhos das bolsas mundiais. O Ibovespa, principal índice da BM&F Bovespa, amargou prejuízo pelo terceiro ano consecutivo, com queda de 13,31%. De 2012 para cá, a queda acumulada é de 29%.
A conjunção de más notícias que assolou o Brasil em 2015, como a crise política, os desdobramentos da Operação Lava Jato, a recessão econômica e a perda do grau de investimento, fez a bolsa recuar sete anos em pontuação (43.395) e ficar entre os piores desempenhos das bolsas mundiais. O Ibovespa, principal índice da BM&F Bovespa, amargou prejuízo pelo terceiro ano consecutivo, com queda de 13,31%. De 2012 para cá, a queda acumulada é de 29%.
Numa lista de 12 índices de bolsas internacionais, o Brasil ficou com a pior rentabilidade. O melhor desempenho foi o índice Merval, da Argentina, que sofreu o impacto da desvalorização cambial no país. Em seguida, aparecem o FTSE Mib, da Itália, com alta de 12,66%; e o Dax, da Alemanha, de 9,56%.
O resultado da bolsa brasileira em 2015 sofreu forte reflexo do desempenho negativo de duas das principais empresas brasileiras, Petrobras e Vale, cujas ações têm grande representatividade no Ibovespa. Os papéis da petroleira, que vive uma de suas piores crises com a Operação Lava Jato e a perda de capacidade de investimento, caíram 32,73% (PN) e 10,32% (ON).
No caso da mineradora, que sofre com a queda no preço das commodities e com os reflexos do acidente em Mariana (MG), o prejuízo foi ainda pior: queda de 37,63% (ON) e 43,56% (PNA) no ano.
As perdas respingaram nas contas dos trabalhadores que tinham recursos do FGTS aplicados em ações das duas empresas. Segundo dados da Caixa, até o dia 29, os fundos da Petrobras registravam queda de até 12%; e os da Vale, de 40%. Em 2014, esses fundos já tiveram prejuízos de cerca de 38% e 35%, respectivamente.
Segundo Fabio Colombo, administrador de investimentos, com a queda da Bolsa e a alta do dólar, os ativos brasileiros ficaram muito baratos. No balanço de 2015 calculado por ele, a moeda norte-americana ficou no topo, com valorização de 48,62%. O segundo lugar no ranking ficou com o euro, que subiu 43,67%, seguido pelo ouro, com alta de 33,63%.

Gerdau, Gol e Oi estão entre as ações que mais perderam no Ibovespa

Gerdau Metalúrgica, Gol e Oi foram as ações que mais se desvalorizaram em 2015 no Ibovespa, principal índice da BM&F Bovespa. Os papéis dessas companhias sofreram, respectivamente, um tombo de 85,07% (PN), 83,4% (PN) e 73,77% (ON) em 2015, segundo dados da bolsa paulista. Cada uma tem um problema específico, como a queda no preço das commodities, problemas internos ou alto endividamento em moeda norte-americana.
Quase na mesma proporção da queda, outras três empresas estão comemorando a elevada rentabilidade em 2015. Fibria, Suzano e Braskem ficaram no topo do ranking da BM&F Bovespa como as companhias com maior rentabilidade. A alta das ações dessas empresas alcançou, respectivamente, 71,44% (ON), 68,77% (PNA) e 66,18% (PNA). Em comum, as três têm a favor o impacto da alta do dólar em suas receitas em moeda estrangeira.
No caso da Braskem, o desempenho das ações teve uma reviravolta. Até meados do ano, os papéis registravam forte queda por cauda da preocupação em relação à Operação Lava Jato. Mas, a partir de agosto, as ações inverteram a curva e iniciaram um ciclo de forte alta.