Dentre as tantas reclamações e críticas ao poder público diante do temporal que deixou um rastro de destruição na cidade, uma delas cobrava a instalação de geradores de energia nas seis estações de bombeamento de água do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae).
Devido ao alto custo da medida - cerca de R$ 50 milhões - e de problemas de logística, como armazenagem de combustível, a prefeitura descarta no momento a compra de geradores para uso exclusivo em eventos como o que ocorreu na sexta-feira na Capital. Entretanto, uma alternativa está sendo estudada.
De acordo com o diretor geral do Dmae, Antônio Elisandro de Oliveira, o departamento analisa a possibilidade de que geradores sejam instalados em algumas estações e usados nos horários de pico de consumo de energia elétrica pelo sistema de água da cidade. "Em razão do aumento da tarifa, em 2015, o consumo de energia do Dmae passou de R$ 30 para R$ 56 milhões. Trabalhamos com a possibilidade de que os geradores sejam usados no período das 18h às 21h, que é quando temos o maior consumo de energia. Assim economizaríamos recursos, e esses valores poderiam custear a instalação dos equipamentos nas estações", afirma.
Oliveira salienta que o bombeamento alternativo no horário de pico de consumo geraria economia aos cofres do município e isso pode viabilizar financeiramente a compra e a manutenção de geradores. "Principalmente nas estações maiores, que suprem o abastecimento para mais gente. Esses geradores seriam usados diariamente e em casos como o de agora. Distribuiríamos água para a cidade, mesmo com uma pressão menor."