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Operação Lava Jato

- Publicada em 30 de Dezembro de 2015 às 18:32

Aécio recebeu propina, diz delator ligado a Youssef

Para Aécio Neves, objetivo do testemunho é tumultuar investigações

Para Aécio Neves, objetivo do testemunho é tumultuar investigações


GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO/JC
Apontado como entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha, disse, em delação premiada, ter levado R$ 300 mil a um diretor da UTC Engenharia no Rio de Janeiro, que por sua vez repassaria a quantia ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). As informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira pela Folha de S.Paulo.
Apontado como entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha, disse, em delação premiada, ter levado R$ 300 mil a um diretor da UTC Engenharia no Rio de Janeiro, que por sua vez repassaria a quantia ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). As informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira pela Folha de S.Paulo.
Conhecido pelo apelido de "Ceará", Rocha afirmou que o repasse foi feito no segundo semestre de 2013. Conforme a reportagem, ele afirmou que, naquele ano, fez quatro entregas a um diretor da UTC chamado Miranda, no Rio de Janeiro.
Em seus depoimentos, o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, nunca mencionou o nome do senador tucano. O doleiro Alberto Yousseff, pivô da Operação Lava Jato, também não citou o tucano.
Em nota, a assessoria de Aécio Neves disse que a declaração tem a intenção de "constranger o PSDB, confundir a opinião pública e desviar o foco das investigações".
"Essa absurda e irresponsável citação do nome do senador, sem nenhum tipo de comprovação, já foi desmentida três vezes: pela empresa, que afirmou 'que a acusação não tem fundamento', pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, que em delação premiada relacionou os políticos que teriam sido beneficiados pela empresa entre eles não está o senador Aécio Neves e por Youssef, que anteriormente, através de seu advogado, já havia afirmado que não conhece o senador e nunca teve com ele qualquer tipo de relação ou negócio, posição reafirmada por ele em depoimento prestado à Polícia Federal."
A nota registra ainda que a acusação não apresenta sentido lógico: "O senador não exerce influência nas empresas do governo e não era sequer candidato à época mencionada. Além disso, a UTC não executou nenhuma obra ao governo de Minas Gerais no período em que o senador governou o estado."

STF mantém prisão de ex-advogado de Nestor Cerveró

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do advogado Edson Ribeiro, acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Ribeiro defendia Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras preso por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da estatal. Cerveró firmou um acordo de delação premiada para colaborar com a Justiça.
O advogado foi preso em novembro, após ter participado de uma reunião com o senador Delcídio Amaral (PT-MS), na época líder do governo no Senado, e com o ator Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras. Bernardo entregou o áudio da reunião à Procuradoria-Geral da República (PGR), o que levou à prisão também de Delcídio, de seu assessor Diogo Ferreira e do banqueiro André Esteves.
No encontro, Delcídio e Edson Ribeiro discutem uma possível fuga de Cerveró, preso em Curitiba, para a Espanha, uma vez que ele tem dupla cidadania. Também tratam de uma compensação financeira para o ex-diretor e a família dele, em troca de seu silêncio na delação premiada. Para isso, eles teriam tido ajuda de André Esteves.
O relator dos processos da Lava Jato é o ministro Teori Zavascki, mas, como o STF está de recesso, cabe ao presidente Ricardo Lewandowski tomar decisões. Segundo ele, não havia fundamentos para afastar decisão anterior de Zavascki, que já havia negado um pedido de revogação de prisão preventiva de Ribeiro. "O plantão de recesso forense não oferece oportunidade de reapreciação de pedidos já examinados e indeferidos pelo juiz natural", destacou Lewandowski.
Em 17 de dezembro, Zavascki decidiu transferir Esteves para a prisão domiciliar, porque o dono do BTG Pactual não teria participado diretamente dessas reuniões. Ele teria sido apenas mencionado pelos presentes.