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Repórter Brasília

- Publicada em 30 de Dezembro de 2015 às 22:02

O mais poderoso

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se tornou, em 2015, o homem mais poderoso do Brasil. Se havia alguma dúvida sobre o poder dele, ela foi dissipada. Renan conseguiu o feito com ajuda de um aliado improvável: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A eleição de Cunha para a presidência da Câmara fez do senador alagoano o último recurso do governo. Após dar pequenas demonstrações de rebeldia, como devolver medidas provisórias, Renan "segurou o rojão" de Cunha. Na última hora, livrou o governo de propostas que aumentavam gastos sem receita prevista, muitas aprovadas pela articulação entre Eduardo Cunha e líderes de partidos da oposição. "O Congresso, como um todo, independentemente de partido e de bancada, soube, no momento em que foi chamado para tal, colocar fim às medidas de impacto fiscal impagável e desativar as chamadas pautas-bomba", afirmou.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se tornou, em 2015, o homem mais poderoso do Brasil. Se havia alguma dúvida sobre o poder dele, ela foi dissipada. Renan conseguiu o feito com ajuda de um aliado improvável: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A eleição de Cunha para a presidência da Câmara fez do senador alagoano o último recurso do governo. Após dar pequenas demonstrações de rebeldia, como devolver medidas provisórias, Renan "segurou o rojão" de Cunha. Na última hora, livrou o governo de propostas que aumentavam gastos sem receita prevista, muitas aprovadas pela articulação entre Eduardo Cunha e líderes de partidos da oposição. "O Congresso, como um todo, independentemente de partido e de bancada, soube, no momento em que foi chamado para tal, colocar fim às medidas de impacto fiscal impagável e desativar as chamadas pautas-bomba", afirmou.
Estratégia calada
Isso fez com que ele ganhasse o favor do Planalto e, pouco a pouco, começasse a ter cada vez mais influência nos destinos do País. E o jogo virou. No meio do ano de 2015, Renan apresentou ao Planalto a Agenda Brasil. A proposta é uma daquelas que o governo não pode recusar e aumentou muito a sua influência no Planalto e no próprio PMDB. Ela representou um grito de seu partido por maior protagonismo e a estratégia quieta e paciente de Renan de conseguir esse protagonismo.
A salvo da tempestade
A postura de Renan frente à adversidade é o oposto da de Eduardo Cunha. Ambos estão na lista dos beneficiários do esquema investigado pela Operação Lava Jato. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público Federal e estão pendurados no Supremo Tribunal Federal. Só que Renan, silencioso, soltava uma nota e recuava. Ficou quieto o tempo inteiro. Cunha teve reações histriônicas e desesperadas. Manobrou para atrasar o seu destino no Conselho de Ética, não escutou todos os lados no Congresso e, por fim, usou de sua bancada para calar quem se opunha a ele. O resultado é previsível. Renan tem o apoio tanto da base quanto da oposição e irá, muito provavelmente, terminar o seu mandato.
 
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