A reunião ordinária da Comissão de Ética Parlamentar da Assembleia Legislativa, ocorrida na noite de ontem, apreciou o relatório do corregedor da Casa, deputado Marlon Santos (PDT), que pediu a cassação do deputado Mário Jardel (PSD).
O relatório foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares do colegiado, e uma subcomissão para conduzir o processo será constituída a partir de 3 de fevereiro, na volta do recesso da Assembleia, para levar o caso de Jardel a plenário.
Na representação contra Jardel, Santos afima que o deputado "se mostra agente direto, partícipe contumaz dos atos, e tudo envolve ele e alguns de seus assessores e ex-assessores diretos", além de afirmar que a denúncia mostra "ter o deputado Jardel nomeado servidores (...) não com o objetivo de assessorar o trabalho parlamentar, mas para obter benefício pessoal para si e seus familiares, à custa do Erário". Jardel, ex-jogador do Grêmio, eleito em 2014 com 41.227 votos, foi alvo da Operação Gol Contra, do Ministério Público (MP), que apreendeu documentos no gabinete e na residência de ex-assessores e do próprio parlamentar. Ele chegou a ter determinada a suspensão seu mandato pelo Poder Judiciário. A decisão foi revista depois que a Assembleia Legislativa ingressou com uma ação contestando o ato e reclamando de interferência entre os Poderes, o que fez com que o caso de Jardel fosse enviado à Comissão de Ética do Parlamento para análise.
As acusações do MP também envolvem o financiamento de tráfico de drogas com dinheiro público.