Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 20 de Dezembro de 2015 às 21:41

Ciro aponta dois caminhos para barrar impeachment

Ciro Gomes afirma que presidente deve reforçar a articulação política

Ciro Gomes afirma que presidente deve reforçar a articulação política


ROOSEWELT PINHEIRO/ABR/JC
Marcus Meneghetti
O ex-governador do Ceará e ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), vê dois caminhos para a presidente Dilma Rousseff (PT) superar um possível processo de impeachment: reconquistar o apoio popular para pressionar o Congresso Nacional através de manifestações; ou conquistar o apoio dos governadores para intermediarem as negociações com o Parlamento.
O ex-governador do Ceará e ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), vê dois caminhos para a presidente Dilma Rousseff (PT) superar um possível processo de impeachment: reconquistar o apoio popular para pressionar o Congresso Nacional através de manifestações; ou conquistar o apoio dos governadores para intermediarem as negociações com o Parlamento.
Entretanto, para Ciro, "no momento, a Dilma não tem nenhuma dessas circunstâncias, embora possa vir a ter". O ex-ministro se valeu de fatos históricos para detalhar como os dois caminhos funcionariam. Quanto ao apoio popular, esclareceu que não se trata de se aproximar de sindicatos, movimentos sociais etc., mas sim do "povo brasileiro".
"O que estou propondo não é uma reconciliação com os grupos sociais organizados, porque esses estão com a presidente, mesmo que por motivos difusos. Acredito que ela tenha que se reconciliar com o povo, renovando o compromisso com quem trabalha e com quem produz", distinguiu.
E lembrou que, durante a crise política deflagrada a partir do escândalo do mensalão, Lula também enfrentou uma tentativa de impeachment. "Naquela data, o Lula não tinha maioria no Congresso. Mas tinha muita força na rua, porque o poder de compra do salário-mínimo saltou de US$ 76 para US$ 320; a proporção de crédito para o brasileiro médio saltou de 13% para 50% do PIB, inundando a população com crédito para comprar casa própria, eletroeletrônicos etc. Foi isso que fez o Lula escapar do impeachment, a tentativa de golpe", exemplificou o ex-ministro.
"A outra possibilidade é uma articulação (principalmente, dentro do Congresso) mediada por governadores. Não é a melhor forma, mas há vários episódios na história das crises do presidencialismo brasileiro em que uma política de governadores atenua as contradições políticas", ponderou.
E concluiu: "Mas a presidente Dilma está longe dessa possibilidade, talvez por incompetência dos seus operadores políticos. Se você reparar, ela preencheu vários ministérios com os candidatos derrotados pelos atuais governadores. O Eduardo Braga (PMDB-AM) perdeu a eleição no Amazonas e agora é o ministro; o Henrique Alves (PMDB-RN), também; e o Armando Monteiro (PTB-PE), a mesma coisa".
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO