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Perspectivas 2016

- Publicada em 17 de Dezembro de 2015 às 19:00

Cenário eleitoral é de incertezas em Porto Alegre

Fernanda Nascimento
Com 16 potenciais candidatos, corrida pelo comando da prefeitura da Capital deve ser acirrada em 2016.
Com 16 potenciais candidatos, corrida pelo comando da prefeitura da Capital deve ser acirrada em 2016.
O turbilhão de disputas políticas em 2015 terá reflexos nas eleições de 2016. A menos de um ano para o pleito, o cenário em Porto Alegre é de imprevisibilidade, no qual muitas candidaturas despontam e poucas estão consolidadas.
Entre os partidos que atualmente integram a base do governo de José Fortunati (PDT), muitos sinalizam uma candidatura própria, mas quase todos admitem a possibilidade de integrar uma provável chapa de continuidade, encabeçada pelo vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB). Na oposição, a novidade do início do ano pode ser a retirada da pré-candidatura de Manuela d'Ávila (PCdoB) e o possível fortalecimento de Luciana Genro (P-Sol).
Melo está realizando uma série de reuniões com partidos da base aliada. Ainda que diga que o mais importante é construir uma unidade e não definir o nome, sua candidatura é dada como irrevogável. "Estamos em diálogo com os partidos, construindo um plano para a cidade que queremos", explicou.
O peemedebista já teve encontros com diversos partidos e tem buscado apoio, especialmente do PDT, PP e PTB - legendas com força na cidade e tradicionalmente formadoras de numerosas bancadas no Legislativo.
Os planos de manter a ampla coalizão que atualmente reúne uma grande gama de partidos pode ser frustrada - ao menos em um primeiro turno. O PTB, aliado de primeira hora, tem o desejo de lançar uma candidatura própria, algo que não acontece há algumas eleições.
"Queremos ser protagonistas nestas eleições", disse o presidente municipal do partido, o deputado estadual Maurício Dziedricki. Entre os possíveis nomes estão os comunicadores Gugu Streit e Sérgio Zambiasi - ex-senador e sempre cotado para disputar cargos no executivos municipal e estadual.
O PP também tem aspirações de lançar uma candidatura própria em 2016. Partido com força nas prefeituras do Interior do Estado, a sigla não consegue ter o mesmo protagonismo na Capital.
De acordo com o vereador e presidente municipal da sigla, Kevin Krieger, o interesse da legenda é de compor uma chapa majoritária com os partidos que estão na base de Fortunati. "Estamos fazendo as articulações necessárias para que, seja na cabeça de chapa ou como vice, possamos melhorar o trabalho que tem sido realizado por esta gestão", disse.
Krieger e o deputado estadual Marcel van Hattem eram os únicos cotados na disputa, mas o recente ingresso do ex-deputado estadual Cassiá Carpes no partido coloca mais um nome no tabuleiro. "A partir do ano que vem faremos pesquisas internas no partido, e isso se definirá."
Os tucanos também têm a intenção de lançar candidatura própria e, antes de decidir essa questão, precisam resolver problemas internos. O presidente estadual da sigla, deputado federal Nelson Marchezan Júnior, diz que as disputas e divisões são "pauta vencida" e que o partido trabalha para "ouvir os anseios da sociedade".
"Estamos procurando ouvir o que a sociedade quer, trazê-la para dentro do partido e apresentar uma candidatura que seja desvinculada do governo federal", disse. Apesar do otimismo, uma ala dissidente lançou a pré-candidatura da ex-governadora Yeda Crusius, o que ainda deve gerar discussões no início de 2016.
Até o momento, o PDT parece ser o partido com mais alinhamento à candidatura de Melo. Apesar da intenção de lançar uma candidatura própria - defendida por alguns setores -, o mais provável é que o partido continue a dobradinha com o PMDB.
O secretário estadual da Educação, Vieira da Cunha, nome sempre lembrado para a disputa, já declarou ter comprometimento com o cargo atual e não sinaliza para o desejo de disputar o Paço Municipal.
"Estamos começando os diálogos, as coisas estão se encaminhando, mas ainda não tivemos conversas mais contundentes para definir como será a atuação do partido", disse o presidente municipal e vereador Nereu d'Ávila.
Ainda no campo de apoiadores que podem lançar candidaturas próprias estão o DEM e o PSD, com os deputados federais Onyx Lorenzoni e Danrlei, respectivamente. Há ainda o ex-deputado federal Beto Albuquerque (PSB).
Danrlei seria a única novidade, já que Beto e Onyx participaram de pleitos anteriores. Dos três nomes, o socialista é o com menos chances de disputar, em decorrência da proposta de atuar como liderança nacional, após ter tido a visibilidade ampliada, em 2014, com a campanha de vice-presidente na chapa de Marina Silva (na época PSB, hoje Rede).
Na oposição, a grande mudança deve ser a não concretização da candidatura de Manuela d'Ávila. Considerada a principal força desse espectro político e aquela que conseguiria, pela primeira vez, ter o apoio do PT como vice - os petistas nunca abriram mão da cabeça de chapa -, a tendência é de que a deputada não confirme a candidatura.
"O cenário de 2016 é de grande indefinição, diferentemente das outras eleições que tivemos. O partido tem procurado fazer uma ampla articulação em torno do campo político de esquerda", afirma o presidente municipal do PCdoB, Márcio Cabral.
A possível opção de não disputar a prefeitura, que ainda não foi confirmada, ocorreria em decorrência da escolha de Manuela em se dedicar à vivência da maternidade sua primeira filha tem poucos meses de vida.
Nesse cenário, o PT pode lançar novamente uma candidatura. O partido que vinha sinalizando apoio para Manuela, agora trabalha com a possibilidade de ter que encabeçar uma chapa - a decisão da deputada só será conhecida após o término de sua licença-maternidade, possivelmente em janeiro.
A deputada federal Maria do Rosário e o ex-prefeito Raul Pont figuram como prováveis candidatos. "Ainda estamos em diálogos internos e com o PCdoB", disse o presidente municipal, Rodrigo Oliveira.
Das candidaturas de oposição, a mais consolidada é a da ex-deputada Luciana Genro (P-Sol). Alavancada pela boa performance na disputa pela presidência, em 2014, ela aposta na aglutinação de militantes de esquerda descontentes com a política do governo federal.
O PSTU e o PPL já encaminharam o apoio, assim como o Raiz Movimento Cidadanista e Unidade Popular pelo Socialismo. "Essa coalizão não terá a participação daqueles que fazem parte dos esquemas políticos. Também teremos uma frente que acredita que a democracia não pode se resumir ao voto", afirmou Luciana.
Os próximos meses devem ser de indefinições e muitas idas e vindas entre os partidos, em busca da formação de alianças. As primeiras definições de nomes para a disputa ao Paço Municipal devem ocorrer nas pré-convenções, nos meses de março e abril.
A consolidação do cenário em Porto Alegre só será oficializada com a inscrição das chapas na Justiça Eleitoral, na metade do próximo ano.
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