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Política

- Publicada em 07 de Dezembro de 2015 às 22:17

Deputado Mário Jardel fica em silêncio na Comissão de Ética

Acusado de quebra de decoro parlamentar, Jardel preferiu calar-se

Acusado de quebra de decoro parlamentar, Jardel preferiu calar-se


MARCOS EIFLER/AL/JC
Fernanda Nascimento
O deputado Mário Jardel (PSD) agradeceu a oportunidade de defesa e decidiu permanecer em silêncio durante o depoimento na Corregedoria da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, ontem.
O deputado Mário Jardel (PSD) agradeceu a oportunidade de defesa e decidiu permanecer em silêncio durante o depoimento na Corregedoria da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, ontem.
Acusado de contratação de funcionários fantasmas, lavagem de dinheiro, extorsão de pessoas com cargo em comissão (CCs), falsificação de documentos e desvio de verbas públicas pelo Ministério Público (MP), Jardel responde por quebra de decoro parlamentar no âmbito do Legislativo. O parlamentar também não conversou com a imprensa e de acordo com o corregedor, Marlon Santos (PDT), seus advogados pediram a ampliação do prazo para apresentação de sua defesa.
A sessão demorou pouco mais de meia hora e foi acompanhada pelo deputado Pedro Ruas (P-Sol). Conforme Marlon, os advogados de Jardel afirmaram que apresentarão documentos que comprovam que o parlamentar foi vítima de uma "armação". Na semana passada, irritado com o comportamento dos assessores, Jardel demitiu todos os CCs - pela segunda vez no ano - e declarou a alguns veículos de imprensa que estaria sendo vítima de perseguição política. O prazo para a defesa apresentar as informações encerra na quinta-feira.
Marlon avalia que as informações apresentadas precisarão ser contundentes, diante da gravidade dos fatos envolvendo o parlamentar. "Teriam que ser substanciais as provas de defesa para desfazer a imagem e as convicções daquilo que a acusação está promovendo. Essas provas precisarão desmontar toda a acusação, que tem muitos documentos e depoimentos, caso contrário, o decoro está completamente comprometido", afirmou. Entre as estratégias da defesa está o testemunho de ex-servidores, que serão ouvidos na quinta-feira.
Jardel está na mira das investigações desde a semana passada, quando o MP deflagrou a operação Gol Contra e apreendeu documentos no gabinete, na residência de Jardel e ex-assessores. O parlamentar chegou a ter a determinação de suspensão do mandato pelo Judiciário, o que acabou revisto após a Assembleia Legislativa ingressar com uma ação contestando o ato e reclamando de interferência entre os poderes. As acusações do MP também envolvem o financiamento do tráfico de drogas com dinheiro público e um amplo esquema de corrupção.
O ato de deflagração da investigação não foi o primeiro momento em que Jardel esteve em evidência. Deputado em primeiro mandato, após dois meses do início da Legislatura, Jardel demitiu a maioria dos assessores, afirmando que não tinha ingerência em seu gabinete.
Recentemente, o parlamentar teve mercadorias como bacalhau apreendidas pela Receita Federal, após retornar de uma viagem em Portugal. Jardel também já foi notícia por ter dado um dos votos que aprovaram o aumento das alíquotas do Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) e por não ter apresentado nenhum projeto de lei desde que iniciou o mandato.
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