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Política

- Publicada em 06 de Dezembro de 2015 às 22:32

Semana é decisiva para o mínimo regional

Bohn defende que neste ano não seja dado reajuste

Bohn defende que neste ano não seja dado reajuste


FREDY VIEIRA/JC
Lívia Araújo
Pela primeira vez frente a frente, sindicalistas e empresários realizam, hoje pela manhã, uma reunião decisiva para definir o índice de reajuste do salário-mínimo regional para 2016. O encontro será mediado pelo governo do Estado e acontecerá na Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Regional (Seplan).
Pela primeira vez frente a frente, sindicalistas e empresários realizam, hoje pela manhã, uma reunião decisiva para definir o índice de reajuste do salário-mínimo regional para 2016. O encontro será mediado pelo governo do Estado e acontecerá na Secretaria do Planejamento e Desenvolvimento Regional (Seplan).
Independentemente do desfecho do encontro, o secretário estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social, Miki Breier (PSB), adianta que o objetivo do Palácio Piratini é enviar o projeto de lei à Assembleia Legislativa até sexta-feira, para que possa ser votado antes do final do ano, o que permitiria sua publicação antes da data-base em que começa a vigorar, 1 de fevereiro.
A celeridade no encaminhamento é importante, porque o Parlamento gaúcho entrará em recesso no dia 23 de dezembro, ou seja, os deputados teriam pouco mais de uma semana para apreciar a matéria. Miki acredita que a reunião de hoje será a única entre todas as partes.
O governo já se reuniu separadamente com as entidades. As centrais sindicais, além de pedirem o recuo de um mês na data-base para 1 de janeiro, seguindo o salário-mínimo nacional , exigem aumento de 11,55%. As federações empresariais, por sua vez, defendem que não haja reajuste.
"Esperamos que os empresários aceitem discutir algo razoável, no mínimo a partir da inflação, para repor perdas", afirma Guiomar Vidor, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) no Rio Grande do Sul. Quanto à antecipação da data-base, o dirigente diz que o assunto "está na mesa", sendo passível de negociação. Em reunião com a Casa Civil em 18 de novembro, o secretário Márcio Biolchi (PMDB) prometeu às centrais trabalhar para que o texto do projeto que trata do mínimo seja enviado ao Legislativo ainda em 2015.
Em entrevista durante o balanço de fim de ano da Federação do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomércio-RS), o presidente Luiz Carlos Bohn disse que o governo do Estado deveria usar com os trabalhadores o mesmo argumento defendido ao funcionalismo estadual para que não houvesse reajuste.
"Neste ano, não dá. Não tem como dar aumento, porque quem vai pagar esta conta é o empresário. E tem gente que está demitindo, porque não tem recursos, fica muito caro", sustentou. Para Bohn, o índice defendido pelas centrais é um "número cabalístico", sem referências. O dirigente defende que não haja nem a reposição da inflação do período. "Já somos obrigados a pagar os 16% que foram impostos (no ano passado), e já ficou muito elevado. Só se pode dar crescimento para o salário quando há produtividade, caso contrário é uma solução artificial", afirmou.
Como o salário-mínimo regional está acima do nacional previsto para o próximo ano (R$ 865,50), o governador José Ivo Sartori (PMDB) pode legalmente deixar de reajustar o piso estadual, que atualmente varia de R$ 1.006,88 a R$ 1.275,00, em cinco faixas salariais, dependendo do segmento profissional.
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