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Repórter Brasília

- Publicada em 03 de Dezembro de 2015 às 16:55

Semana de dúvidas

O impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), serão os principais assuntos do Congresso Nacional na próxima semana. Enquanto a comissão especial para analisar o impedimento de Dilma começará os trabalhos na segunda-feira, a Comissão de Ética tentará mais uma vez votar a admissibilidade do processo contra Cunha na terça-feira. A aceitação do pedido de impeachment de Hélio Bicudo pode ter baixado a pressão sobre Cunha momentaneamente, mas a votação do relatório de Fausto Pinato (PRB-SP) com certeza terá impacto. No meio das articulações para a nomeação dos integrantes da comissão do impeachment, petistas esperam para ver como a oposição votará. De acordo com eles, o voto do PSDB, do DEM e do PPS mostrará se houve acordo entre eles e Cunha ou não. O racha no PMDB piora ainda mais. O grupo de Cunha tenta neutralizar o líder do partido, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que já se colocou contra o impeachment e a favor da cassação de Cunha. Picciani se considera o sucessor natural de Cunha na presidência da Câmara.
O impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), serão os principais assuntos do Congresso Nacional na próxima semana. Enquanto a comissão especial para analisar o impedimento de Dilma começará os trabalhos na segunda-feira, a Comissão de Ética tentará mais uma vez votar a admissibilidade do processo contra Cunha na terça-feira. A aceitação do pedido de impeachment de Hélio Bicudo pode ter baixado a pressão sobre Cunha momentaneamente, mas a votação do relatório de Fausto Pinato (PRB-SP) com certeza terá impacto. No meio das articulações para a nomeação dos integrantes da comissão do impeachment, petistas esperam para ver como a oposição votará. De acordo com eles, o voto do PSDB, do DEM e do PPS mostrará se houve acordo entre eles e Cunha ou não. O racha no PMDB piora ainda mais. O grupo de Cunha tenta neutralizar o líder do partido, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que já se colocou contra o impeachment e a favor da cassação de Cunha. Picciani se considera o sucessor natural de Cunha na presidência da Câmara.
Medo de manobra
Os petistas veem com tranquilidade a comissão do impeachment, apesar de já terem apelado para todas as possibilidades. A questão é que eles só precisam de 36 dos 65 votos no colegiado. Oito dos integrantes serão do PT. O PMDB irá indicar também oito, mas a decisão será do líder, Leonardo Picciani. A oposição tem 17 integrantes. O medo maior é de uma manobra de Cunha para compor maioria na comissão de impeachment e ao mesmo tempo inviabilizar a votação no Conselho de Ética. "De manobra ele entende", ironizou o deputado federal gaúcho Elvino Bohn Gass, do PT.
Abuso de poder
Ao mesmo tempo, o PT entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando o pedido. "Abuso de poder é uma das motivações", disse o deputado federal Paulo Pimenta (PT). "Inaceitável o ato de Cunha que abriu o impeachment porque não teve o apoio do PT para salvar-se no Conselho de Ética. Chantagem contra a democracia", afirmou a deputada federal gaúcha Maria do Rosário (PT).
Mal necessário
Na oposição o clima é de festa. Já se fala em "Natal sem Dilma". O deputado federal gaúcho Onyx Lorenzoni (DEM) falou em "decisão histórica". Já o deputado federal Nelson Marchezan Jr. (PSDB) é mais cauteloso. "É a semana da Câmara. Por um lado não se vota alguns absurdos, por outro, deixa de se discutir assuntos importantes", lamentou. Mas, para ele, a "semana da Câmara" é um "mal necessário, bom para depurar".
 
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