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Política

- Publicada em 02 de Dezembro de 2015 às 23:12

Presidente reage indignada e faz ataque direto a Cunha

Para Dilma Rousseff, acusações são inconsequentes e inconsistentes

Para Dilma Rousseff, acusações são inconsequentes e inconsistentes


WILSON DIAS/ABR/JC
Ao lado de onze ministros, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem que recebeu "com indignação" a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de dar seguimento a um pedido de impeachment contra seu mandato. A presidente disse que não cometeu ilícitos e, por isso, as razões para o pedido "são inconsistentes e improcedentes".
Ao lado de onze ministros, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem que recebeu "com indignação" a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de dar seguimento a um pedido de impeachment contra seu mandato. A presidente disse que não cometeu ilícitos e, por isso, as razões para o pedido "são inconsistentes e improcedentes".
Dilma atacou Cunha, sem citá-lo nominalmente: "Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público, não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais", disse.
Cunha é investigado na Lava Jato, acusado de receber US$ 5 milhões de propina desviados da Petrobras e de manter contas secretas na Suíça. Um bilhete apreendido num outro ramo de apuração o apresenta como recebedor de uma outra propina de R$ 45 milhões.
Dilma permaneceu no ataque contra Cunha na maior parte de seu discurso de cerca de três minutos. "Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas afim de satisfazer meus interesses", afirmou.
Cunha deflagrou o processo de impeachment após três deputados do PT, o partido de Dilma, afirmarem que não votariam a favor do mandato do peemedebista no processo de Conselho de Ética na Câmara. "Nos últimos temos, em especial, nos últimos dias, a imprensa noticiou que havia interesse na barganha dos votos de membros da base governista no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment", disse Dilma.
"Jamais aceitaria qualquer tipo de barganha, muito menos aquelas que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticas do meu país", completou. O governo, porém, trabalhou para que petistas votassem a favor de Cunha no Conselho de Ética.
A abertura do processo de impeachment dividiu empresários. "Não diria que o afastamento ajude a melhorar a economia, mas não dá para viver eternamente num impasse, com a possibilidade do impeachment. Nenhum país aguenta", diz Humberto Barbato, presidente da Abinee (indústria eletroeletrônica).
Antônio Britto, da Interfarma (laboratórios multinacionais), diz que há risco de o processo "se tornar perigosamente traumático". Ex-governador, ex-deputado federal e ministro do governo Itamar Franco, ele vê diferenças entre a situação atual e a de 1992, que afastou Collor. "Desta vez, apesar da impopularidade da presidente, há uma enorme fragilidade dos partidos e das lideranças. Naquela ocasião, havia unanimidade sobre o que fazer."
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