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assembleia legislativa

- Publicada em 01 de Dezembro de 2015 às 23:28

Deputados aprovam orçamento de 2016

Líder do governo, Postal diz que não há expectativa de buscar recursos extras na União

Líder do governo, Postal diz que não há expectativa de buscar recursos extras na União


MARCO QUINTANA/JC
Os deputados estaduais aprovaram, ontem, o orçamento de 2016. A primeira peça orçamentária do governo José Ivo Sartori (PMDB) prevê receitas de R$ 58,8 bilhões e despesas de R$ 63,4 bilhões, o que resultará em um déficit de R$ 4,6 bilhões - mesmo com o acréscimo de R$ 2 bilhões, oriundo do aumento das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Os deputados estaduais aprovaram, ontem, o orçamento de 2016. A primeira peça orçamentária do governo José Ivo Sartori (PMDB) prevê receitas de R$ 58,8 bilhões e despesas de R$ 63,4 bilhões, o que resultará em um déficit de R$ 4,6 bilhões - mesmo com o acréscimo de R$ 2 bilhões, oriundo do aumento das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A matéria recebeu 702 emendas de deputados e entidades, das quais 110 foram aprovadas pelo relator Marlon Santos (PDT) e pelo plenário. O projeto recebeu 40 votos favoráveis e 10 contrários.
Ao contrário de votações em anos anteriores, a discussão em plenário não atraiu a população, especialmente os servidores públicos que reivindicam aumento salarial acima do crescimento vegetativo, como prevê o orçamento de 2016.
A ausência parece ter sido reflexo da votação do projeto na Comissão de Finanças e Planejamento, na qual todas as emendas referentes a estes pedidos foram rejeitadas. Sem plateia, até os deputados pareceram desanimados: meia hora depois do começo da votação, se houvesse pedido de verificação de quórum, menos de 20 parlamentares estariam no plenário para confirmar a presença.
Na discussão entre governo e oposição sobraram acusações sobre encaminhamentos dados por governos anteriores. A ex-governadora Yeda Crusius (PSDB) foi acusada de sacrificar o Estado e o ex-governador Tarso Genro (PT) de apresentar peças fictícias, com maquiagem dos dados. O orçamento de Sartori foi considerado "realista" pela base do governo e "insuficiente" para a oposição, que subiu com mais frequência à tribuna para criticar a proposta.
"A lógica deste orçamento é tratar o tema da despesa com arrocho, porque esta peça não enfrenta o tema da receita, ele apenas reafirma o discurso pessimista e aterroriza os servidores públicos e a sociedade", afirmou Adão Villaverde (PT).
Para o deputado Junior Piaia (PCdoB) "o orçamento é tímido e insuficiente" e, nas palavras de Jeferson Fernandes (PT), "não apresenta recursos para executar as políticas que a população gaúcha precisa". Integrantes da oposição ainda tentaram, sem sucesso, aprovar o requerimento para votar emendas que haviam sido rejeitadas por Marlon Santos.
O líder do governo, Alexandre Postal (PMDB), disse que o orçamento é "realista" e que não há expectativa do governo em buscar recursos extras na União, em decorrência das dificuldades financeiras enfrentadas pelo governo federal.
Jorge Pozzobom (PSDB) também afirmou que o orçamento é adequado para o momento vivido pelo Executivo. Já Marcel Van Hattem (PP) disse que o governo desrespeitaria os servidores se "quebrasse o Estado" como "o governo do PT fez".
 

Parlamento estadual autoriza a criação de subsidiárias de seguros e de cartões do Banrisul

Os deputados estaduais aprovaram, ontem, a criação de duas subsidiárias do Banrisul. A proposta de autoria do governo de José Ivo Sartori (PMDB) estabelece a criação da Banrisul Seguradora, que atuará no ramo de seguros, previdência aberta e capitalização; e a Banrisul Cartões, que atuara na emissão, administração e processamento de cartões.
O governo afirma que a proposta reduzirá a dependência do banco em relação às operações de crédito, ao permitir o ingresso de novas receitas oriundas destes serviços.
Apesar de não ser a principal votação da tarde já que o orçamento também compunha a pauta do plenário , as mudanças no Banrisul trouxeram um grande contingente de pessoas para as galerias. Servidores do banco pressionaram por modificações e foram atendidos em duas demandas: garantiram a realização de plebiscito em caso de proposta de privatização das subsidiárias e a atuação de servidores do quadro permanente do Banrisul na direção da empresa.
A emenda prevendo que a transferência de ações do Banrisul ou das seguradoras deveria ser obrigatoriamente aprovada pela Assembleia foi rejeitada pela base.
Na mesma sessão, os parlamentares aprovaram os projetos que instituem o Sistema Administrativo de Conciliação e Mediação e a prorrogação de contratos emergenciais da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps), extinta recentemente. Os contratos passarão a ser geridos pela Secretaria de Saúde.
O projeto de lei que limita o pagamento de pensões para ex-governadores, de autoria da deputada Any Ortiz (PPS), tinha a expectativa de votação ontem, mas foi adiado para a próxima sessão. O motivo foi o pouco espaço para debate sobre o tema, em uma sessão com pauta extensa.