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Opinião

- Publicada em 30 de Dezembro de 2015 às 17:31

É 2016: tudo, menos sobre o que fazer

Nomes, siglas, palpites, pesquisas secretas. Tudo, menos uma palavra sobre "o que fazer" na cidade. Tem sido assim nos últimos tempos. Foi assim que um governador se elegeu há pouco. Nome, sigla, um partido que não era um partido. E agora, José?
Nomes, siglas, palpites, pesquisas secretas. Tudo, menos uma palavra sobre "o que fazer" na cidade. Tem sido assim nos últimos tempos. Foi assim que um governador se elegeu há pouco. Nome, sigla, um partido que não era um partido. E agora, José?
A cidade há tempos está em busca de um espaço na urbanidade, pois, no vácuo das inexistências, algo se coloca em seu lugar. Fomos sendo tomados por obstáculos. Ficou difícil andar numa calçada sem tropeçar. É difícil achar uma faixa pintada, chamando o cidadão a não passar no meio dos carros. É penoso ficar numa parada na qual a chuva te molha. Aqui, divagando, penso no assobio do metrô e me deparo com um velho ônibus de um consórcio qualquer, atrasado, freio enferrujado. O banco está sujo, olho pela janela embaçada de pó, vejo pichações, lixo espalhado, moradores de rua em turbas dormentes.
Chocante é ver que o restauro não ocupa o lugar do carcomido, do gasto, da falta de cor. E lá se vai nosso patrimônio. A cidade volta a ser tomada de camelôs ilegais e o tema moradores de rua se confunde com craqueiros, punguistas e pequenos meliantes. Nós propugnamos uma cidade democrática, cidadã, sustentável e inclusiva. Com radicalidade vamos buscar uma urbanidade plena, com claros direitos e deveres de parte do governo e dos cidadãos. Vamos erguer uma Ágora do tamanho da Capital, abarcando cada questão, encontrando soluções coletivas e pactuadas.
Mas não vamos repetir nenhuma das demagogias dos últimos tempos, nem tergiversar sobre temas dados. Haverá espaços plenos para o trabalho local ou dos que aqui querem ter seu lar. Será, portanto, uma cidade acolhedora. Não haverá barreiras para investidores.
Em algum momento, houve uma suspensão da modernidade que floresceu no início do século XX. Olhares para frente, sem esquecer que a Revolução de 1923, que dividiu o Estado, criou o autoritarismo gaudério e a grenalização política. Faremos um enterro sem pompas deste passado, com uma lápide para ensinar a nós e às gerações futuras: "Aqui jaz o atraso".
Ex-vereador (PT) e consultor
 
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