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Opinião

- Publicada em 22 de Dezembro de 2015 às 17:02

Espanha começa a viver renovação política

Em 20 de dezembro de 2015, eleições gerais foram realizadas na Espanha. Chamada de 20D, a data pode ser considerada emblemática. Nunca na história um partido tinha vencido por uma margem tão pequena, o que pode prejudicar a formação do governo e da coalizão de forças para governar. Uma incógnita. O Partido Popular (PP) foi o mais votado (28,7% dos votos), elegendo 122 deputados. Em segundo ficou o Partido Socialista (PSOE), com 91 cadeiras (22%). Outra questão interessante é o desempenho eleitoral de dois novos partidos. O Podemos elegeu 69 deputados (20,6%), enquanto o Ciudadanos conquistou 40 cadeiras (13,9%).
Em 20 de dezembro de 2015, eleições gerais foram realizadas na Espanha. Chamada de 20D, a data pode ser considerada emblemática. Nunca na história um partido tinha vencido por uma margem tão pequena, o que pode prejudicar a formação do governo e da coalizão de forças para governar. Uma incógnita. O Partido Popular (PP) foi o mais votado (28,7% dos votos), elegendo 122 deputados. Em segundo ficou o Partido Socialista (PSOE), com 91 cadeiras (22%). Outra questão interessante é o desempenho eleitoral de dois novos partidos. O Podemos elegeu 69 deputados (20,6%), enquanto o Ciudadanos conquistou 40 cadeiras (13,9%).
Trata-se de feito notável desses novatos. Isso porque PP e PSOE, partidos tradicionais e que governam a Espanha desde 1982, até então nunca tiveram problemas para alcançar a maioria do Parlamento. Dessa vez, foi mais complicado para chegarem a 50% somados.
Assim, a presença do Podemos e do Ciudadanos balança as estruturas políticas na Espanha, na medida em que quebra o bipartidarismo que tradicionalmente vigorou nas últimas décadas. O Podemos é resultado do 15M (15 de maio), nascido nas ruas em 2011, quando "Indignados" ocuparam a Puerta del Sol, em Madri. O movimento de esquerda é composto majoritariamente por jovens que protestam contra o capitalismo e a crise de representação política e econômica que o país está submerso. Nada mais simbólico do que os candidatos de ponta desses novos partidos: no Podemos, o professor Pablo Iglesias, da Universidade Complutense de Madrid, de 37 anos; e Albert Rivera, um advogado de 36 anos, pelo Ciudadanos, uma agremiação mais centrista.
De fato, a Espanha já não é mais a mesma. A história está sendo escrita por outras mãos. É o prenúncio da renovação na política; é a chave do processo de mudanças. E que ela, assim como a Revolução dos Cravos, ultrapasse o oceano e chegue logo ao Novo Mundo.
Advogado
 
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