Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

- Publicada em 07 de Dezembro de 2015 às 17:15

Juventude engajada

Após os últimos ataques terroristas em Paris, quando o perfil dos criminosos foi identificado e o mundo, consternado, percebeu que o horror partira das mãos de homens com idades entre 20 e 30 anos e que ainda menores são treinados por esses extremistas, deve ter ficado a dúvida do que está motivando essa juventude. No Brasil, muito embora não convivamos com o terrorismo fundamentalista, perdemos nossos jovens para o terror do tráfico das favelas. Os mesmos jovens que não se interessam por nada e que, segundo recentes estudos, levam mais tempo para escolher suas carreiras, ficando nas casas dos pais até a idade adulta cada vez mais cedo também são recrutados pela violência do tráfico de drogas.
Após os últimos ataques terroristas em Paris, quando o perfil dos criminosos foi identificado e o mundo, consternado, percebeu que o horror partira das mãos de homens com idades entre 20 e 30 anos e que ainda menores são treinados por esses extremistas, deve ter ficado a dúvida do que está motivando essa juventude. No Brasil, muito embora não convivamos com o terrorismo fundamentalista, perdemos nossos jovens para o terror do tráfico das favelas. Os mesmos jovens que não se interessam por nada e que, segundo recentes estudos, levam mais tempo para escolher suas carreiras, ficando nas casas dos pais até a idade adulta cada vez mais cedo também são recrutados pela violência do tráfico de drogas.
O ponto de equilíbrio entre as duas barbáries é essencialmente o mesmo: ocupação de território através do derramamento de sangue, onde valores básicos são deixados de lado, dando espaço a instintos primitivos de sobrevivência. O Estado ou qualquer outra forma organizada de sociedade deve ser repelida, aniquilada, e sobreposta por essa nova crença ou organização.
A juventude está cada vez mais engajada, e cada vez mais organizada. Talvez não dentro dos espaços tradicionais como associações, ONGs ou partidos, mas na internet, onde o mais importante é a comunicação, a troca de ideias. É essencial avaliarmos o papel desse Estado que não consegue mais conversar com essa juventude (construir políticas públicas), e que perde, todos os dias, para a violência e para as drogas, que se modernizam de forma muito mais desburocratizada.
Presidente do Instituto de Estudos Políticos Ildo Meneghetti
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO