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Opinião

- Publicada em 02 de Dezembro de 2015 às 17:15

A crise econômica, política e de segurança que neurotiza

Uma noite dos horrores em Porto Alegre e uma manhã de caos, com cinco ônibus e uma lotação queimados, manifestação contra reintegração de posse em área da zona Sul, a já rotineira explosão de caixas eletrônicos de bancos e uma rebelião de presos. Atordoado, o prefeito José Fortunati voltou a pedir a presença da Força Nacional na Capital. E nos tradicionais almoços de final de ano de entidades empresariais com a imprensa, a confirmação de uma economia em recessão de até 3,5% em 2015, com uma queda menor no ano que vem.
Uma noite dos horrores em Porto Alegre e uma manhã de caos, com cinco ônibus e uma lotação queimados, manifestação contra reintegração de posse em área da zona Sul, a já rotineira explosão de caixas eletrônicos de bancos e uma rebelião de presos. Atordoado, o prefeito José Fortunati voltou a pedir a presença da Força Nacional na Capital. E nos tradicionais almoços de final de ano de entidades empresariais com a imprensa, a confirmação de uma economia em recessão de até 3,5% em 2015, com uma queda menor no ano que vem.
Então, os brasileiros, com a crise atual, estão tendo momentos de estresse. Uma população que está com desordens neuróticas coletivas. Um Brasil fragmentado partidária e politicamente, com instituições governadas por pessoas acusadas – agora a abertura de novos inquéritos contra os senadores Renan Calheiros (PMDB), Jader Barbalho (PMDB) e Delcídio Amaral (PT) - sistematicamente de condutas para lá de reprováveis e sem decoro, o País, malgrado isso, mantém funcionando órgãos que desvendaram, e ainda continuam descobrindo, uma estrutura de corrupção em que o que valia era ganhar dinheiro, não importando por qual meio. O comportamento absolutamente amoral de certos dirigentes tornam os brasileiros que labutam pelo seu sustento propensos à depressão, fadiga, insônia e outros sintomas relacionados a conflitos ou tensões. É uma carga negativa demasiada.
Sabemos que onde o estudo e o trabalho não têm admiradores em profusão, a sociedade é invadida pelos néscios, velhacos e bajuladores. Será este o Brasil de 2015 e, tudo indica, continuará sendo em 2016? Muitos julgam que sim, pois o País perdeu 1,237 milhão de postos de trabalho com carteira assinada no setor privado no terceiro trimestre do ano, em relação ao mesmo período de 2014.
Por isso, segundo dados do IBGE, o total de trabalhadores por conta própria aumentou 3,5% ante o terceiro trimestre de 2014, 760 mil pessoas a mais nessa condição, enquanto os empregadores cresceram 7,9%, aumento de 297 mil. A taxa de desemprego deve atingir dois dígitos em 2016, uma tragédia social, pois o trabalho ainda é o maior fator de elevação da dignidade humana.
Os dados confirmam a deterioração do mercado de trabalho, que é reflexo da desaceleração intensa da economia.
O IBGE informou que o desemprego atingiu 8,9% no terceiro trimestre de 2015. Em igual período do ano passado, a taxa de desemprego era de 6,8%. A piora no mercado de trabalho vem por causa do ajuste econômico. Isso é ruim em termos de conjuntura, mas deve ter reflexos positivos em um novo ciclo de crescimento econômico guiado pelo investimento, acreditam analistas.
Ora, o desânimo, entretanto, não nos livrará dos problemas, apenas os aumentarão. Temos que trazer ao debate, livre dos oportunistas de todos os matizes, o que guardamos dentro de nós. Se temos perdas de empregos, há que gastar menos nos governos, cortar juros, focar nos investimentos e buscar a iniciativa privada para investir. É disso que o Estado e o Brasil precisam, não apenas de lamúrias permanentes e frases de efeito.
Temos que ter olhos para ver e ouvidos para ouvir o que é certo e escoimar os erros, não os deixando se perpetuar. Nenhum dos que ludibriaram o povo ficará impune ou guardará seus segredos escabrosos contra a Nação, vilipendiada ao extremo. Vamos tornar conscientes os nossos mais escondidos desejos de purificação da política nacional, para o bem de todos.
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