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Os atentados simultâneos de 13 de novembro em Paris, na França, foram coordenados em tempo real a partir da Bélgica, afirma a edição desta quarta-feira do jornal francês Le Monde. Na ocasião, pelo menos 130 pessoas morreram.
O jornal diz ter tido acesso às investigações sobre os ataques, que incluem trocas de mensagens em um celular encontrado em um lixo perto do Bataclan, casa de shows parisiense e cenário do mais sangrento dos atentados.
Segundo o Le Monde, um SMS com a frase "Partiram. Comecem" foi o que deu início a ação dos terroristas que invadiram a casa de espetáculos durante o show da banda de rock Eagles of Death Metal e abriram fogo contra os espectadores.
Às 21h42min do dia 13, quando a mensagem foi enviada, o destinatário estava na Bélgica. Ela foi recebida pelos terroristas cerca de dois minutos após o carro estacionar nas redondezas. A linha telefônica foi habilitada às 22h24min da noite anterior e desativada logo após a mensagem. Nesse entretempo, foram trocadas 25 mensagens com o aparelho encontrado.
A análise do celular mostrou também que, no dia do ataque, a partir das 14h, foram feitas pesquisas de fotos e mapas detalhados do Bataclan, em seguida, da programação da semana e, logo depois, da frase "Eagles of Death Metal White Miles au Bataclan".
O jornal afirma ainda que um segundo número de telefone belga manteve contato com Abdelhamid Abaaoud, o suposto líder dos ataques em Paris. As ligações foram feitas a partir do mesmo lugar de onde a mensagem foi enviada ao aparelho encontrado no lixo. Abaaoud foi morto dias depois dos ataques em uma megaoperação da polícia em Saint Denis, ao Norte de Paris.
O jornal diz ainda que a investigação aponta grande quantidade de comunicação entre os responsáveis pelas bombas no estádio Stade de France e nos restaurantes da capital francesa ao longo de todo o dia 13. Segundo a publicação, três grupos foram comandados em tempo real a partir da Bélgica.
A relação dos atentados com a Bélgica já era conhecida. Abaaoud morava no país e ao menos nove suspeitos foram presos em solo belga. Nesta quarta-feira, policiais faziam novas buscas em Bruxelas, capital do país.
Nova Iorque reforça segurança para o Ano-Novo
A cidade de Nova Iorque preparou um plano de segurança "mais amplo do que nunca", com cerca de 6 mil policiais, para a festa de Ano-Novo na Times Square, afirmou o prefeito Bill de Blasio. A festa da virada, com
shows ao vivo de artistas como Jessie J, Carrie Underwood e Demi Lovato, deve receber cerca de 1 milhão de pessoas, a maioria turistas.
shows ao vivo de artistas como Jessie J, Carrie Underwood e Demi Lovato, deve receber cerca de 1 milhão de pessoas, a maioria turistas.
Em meio à preocupação por possíveis ameaças terroristas contra a cidade, o prefeito afirmou que haverá nas ruas um "enorme número de policiais", incluindo mais de 500 homens de uma nova unidade antiterrorista. "Entendo que todo mundo está preocupado e quero que todos saibam que o Departamento de Polícia de Nova Iorque está preparado e que as medidas de segurança para a chegada do Ano-Novo foram mais amplas do que nunca", afirmou o prefeito em um comunicado pelo rádio. Quem comparecer à festa não poderá levar mochilas, bolsas ou álcool.
Nova Iorque vai celebrar o Réveillon com um espetáculo de várias horas na Times Square, onde turistas e moradores disputam espaço na multidão para ver a descida da famosa bola que marcará o início de 2016, uma tradição iniciada em 1907. De Blasio e um convidado cuja identidade ainda não foi revelada encabeçarão a contagem final de 60 segundos para a meia-noite.
Turquia impede ataque no Réveillon
A promotoria de Ancara, na Turquia, anunciou que a polícia deteve dois suspeitos de serem militantes do Estado Islâmico que planejavam ataques suicidas durante as celebrações do Ano-Novo na cidade. Segundo a agência estatal Anadolu, os dois suspeitos foram encontrados em uma casa com roupas equipadas com explosivos. Eles planejavam detonar as vestimentas em dois locais da capital.