A coalizão liderada pelos Estados Unidos matou 10 líderes do Estado Islâmico (EI) no mês de novembro com ataques aéreos específicos. Entre os mortos estão terroristas ligados aos atentados cometidos em Paris no mês passado, disse ontem um porta-voz da coalizão.
"Ao longo do último mês, matamos dez figuras da liderança do Estado Islâmico com ataques aéreos direcionados, incluindo vários planejadores de ataques externos, alguns dos quais estão ligados aos ataques em Paris", declarou Steve Warren, coronel do Exército dos EUA e porta-voz da campanha militar encabeçada pelos norte-americanos contra o grupo radical. "Outros tinham planos de continuar atacando o Ocidente", acrescentou.
Um dos mortos é Abdul Qader Hakim, que facilitou as operações externas dos militantes e tinha laços com a rede que cometeu os atentados na capital francesa, segundo Warren. Ele foi morto na cidade de Mossul, no Norte do Iraque, no sábado.
Uma ofensiva aérea da coalizão, realizada em 24 de dezembro na Síria, matou Charaffe al Mouadan, membro do EI na Síria diretamente ligado a Abdelhamid Abaaoud, o suposto líder dos ataques em Paris. Mouadan estava envolvido em planos de novos ataques contra o Ocidente, afirmou Warren.
O efeito dos ataques aéreos contra líderes do EI pode ser medido pelos êxitos recentes nas frentes de batalha. Nesta semana, o Exército iraquiano obteve sua primeira vitória contra os militantes sunitas extremistas, retomando a cidade de Ramadi, tomada pelo grupo em maio.
"Parte deste sucesso pode ser atribuída ao fato de que a organização está perdendo seus líderes", disse Warren, ressaltando, porém, que o grupo "ainda tem garras".