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Internacional

- Publicada em 29 de Dezembro de 2015 às 15:02

Mortes violentas batem recorde no país em 2015

Organização critica a 'militarização repressiva das forças de segurança'

Organização critica a 'militarização repressiva das forças de segurança'


GERALDO CASO/AFP/JC
Com aumento de 12% no número de mortes violentas em 2015, a Venezuela pode fechar o ano com o título de país sem guerra mais violento do mundo, de acordo com o relatório anual da ONG Observatório Venezuelano da Violência (OVV). A conclusão definitiva da ONG depende da divulgação dos dados de Honduras e El Salvador, que lideravam o ranking até 2014.
Com aumento de 12% no número de mortes violentas em 2015, a Venezuela pode fechar o ano com o título de país sem guerra mais violento do mundo, de acordo com o relatório anual da ONG Observatório Venezuelano da Violência (OVV). A conclusão definitiva da ONG depende da divulgação dos dados de Honduras e El Salvador, que lideravam o ranking até 2014.
Segundo o relatório da OVV, divulgado segunda-feira, a Venezuela teve 27.875 mortes violentas em 2015, contra 24.980 no ano anterior. Com isso, a taxa de mortes violentas passa a ser de 90 para cada 100 mil habitantes, de acordo com a ONG, que contabiliza homicídios e mortes por resistência à força policial.
Em 1998, antes da chegada ao poder de Hugo Chávez (1999-2013), a taxa calculada pela OVV era de 19/100 mil. "Uma em cada cinco pessoas assassinadas na América Latina e no Caribe é venezuelana", informa o relatório, elaborado por pesquisadores de sete universidades públicas e privadas.
A OVV contrasta o aumento generalizado da violência na Venezuela com as situações no Brasil, onde "a distribuição territorial da violência varia", e na Colômbia e no México, onde as mortes violentas diminuíram. A ONG atribui a situação venezuelana a um misto de fatores que incluem a "deterioração das forças de segurança", o "empobrecimento da sociedade" e a "impunidade generalizada".
A organização também criticou a "militarização repressiva da segurança", especialmente as chamadas Operações pela Libertação do Povo (OLP), orquestradas pelo presidente Nicolás Maduro sob pretexto de desmantelar facções de crime organizado. As OLP deixaram dezenas de mortos em bairros pobres em meio a suspeitas de execuções.
Em julho, autoridades do governo disseram que a taxa de mortes violentas era de 62/100 mil, cifra suficiente para colocar a Venezuela entre os países mais violentos do mundo. O governo costuma acusar ONGs como a OVV de manipular a verdade. O chavismo também afirma que a violência é orquestrada por opositores e supostos paramilitares colombianos para jogar a população contra a atual administração.
 
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