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Internacional

- Publicada em 02 de Dezembro de 2015 às 15:04

Macri acusa Cristina de dificultar transição

Macri apresentou ontem, em Buenos Aires, seu primeiro escalão

Macri apresentou ontem, em Buenos Aires, seu primeiro escalão


EITAN ABRAMOVICH/AFP/JC
O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, alegou ontem que a presidente Cristina Kirchner tem colocado entraves no processo de transição política. Após vencer o candidato governista, Daniel Scioli, Macri assume a Casa Rosada no dia 10. "Em vez de sair pela porta grande, ela escolhe sair pela porta pequena. Toda coisa que ela crê que faz em prejuízo de nosso governo está fazendo em prejuízo de todos os argentinos", afirmou Macri durante uma coletiva de imprensa para apresentar membros do futuro gabinete no prédio do Jardim Botânico, em Buenos Aires.
O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, alegou ontem que a presidente Cristina Kirchner tem colocado entraves no processo de transição política. Após vencer o candidato governista, Daniel Scioli, Macri assume a Casa Rosada no dia 10. "Em vez de sair pela porta grande, ela escolhe sair pela porta pequena. Toda coisa que ela crê que faz em prejuízo de nosso governo está fazendo em prejuízo de todos os argentinos", afirmou Macri durante uma coletiva de imprensa para apresentar membros do futuro gabinete no prédio do Jardim Botânico, em Buenos Aires.
Um tecnocrata conservador, Macri foi eleito no segundo turno, realizado em 22 de novembro. Ele se queixa de que a presidente peronista "não quer colaborar" com o próximo governo. O futuro mandatário citou medidas econômicas tomadas nos últimos dias, que implicam aumento de gastos e afetarão o orçamento da próxima administração.
O presidente eleito também questionou a exigência do atual governo de que a cerimônia de troca de comando seja realizada inteiramente no Congresso. Macri disse que sua intenção é prestar juramento como presidente na Assembleia Legislativa no Congresso, para depois se dirigir à sede do governo nacional, onde Cristina, segundo ele, deve cumprir o "simbolismo de passar o bastão e a faixa". Segundo Macri, os dois lados estão "em conversações" sobre a passagem da faixa presidencial, mas, "até agora, sinto que não tenhamos nos entendido".
Também no evento de apresentação, Macri confirmou que estará em Brasília amanhã para um encontro com a presidente Dilma Rousseff. Ao lado da nova chanceler Susana Malcorra, Macri não antecipou os temas da conversa, mas deu a entender que a Venezuela pode ser um deles.
No entanto, evitou se posicionar sobre a divergência que ele e Dilma têm sobre a adoção da cláusula democrática. Durante a campanha presidencial, Macri disse que invocaria a cláusula no âmbito do Mercosul por entender que o governo venezuelano está cometendo abusos "com a perseguição de opositores e da liberdade de expressão". A cláusula democrática prevê desde a aplicação de sanções comerciais até a suspensão do país acusado de romper a ordem democrática, mas precisa de consenso para ser aplicada. 
Já a presidente Dilma disse, em Paris, onde participou da COP--21, que não vai apoiar o uso da medida, como pretende o argentino, com o intuito de retaliar a Venezuela. Segundo a presidente, é necessário um fato determinado para que a medida seja adotada no bloco.
 
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