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- Publicada em 23 de Dezembro de 2015 às 22:06

Bairros Restinga e Cruzeiro terão centros para jovens

Conforme César Faccioli, unidades promoverão a cultura da paz

Conforme César Faccioli, unidades promoverão a cultura da paz


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Isabella Sander
Assinado nesta quarta-feira, o termo de cessão de uso de terrenos da prefeitura de Porto Alegre para o governo do Estado permitirá que dois Centros da Juventude sejam construídos no ano que vem. As unidades serão edificadas nos bairros Medianeira (para atendimento da população da Vila Cruzeiro do Sul) e Restinga, regiões com altos índices de violência. A finalidade é reduzir a criminalidade infanto-juvenil e combater a evasão escolar, oferecendo atividades de educação, esporte, cultura, lazer e empregabilidade.
Assinado nesta quarta-feira, o termo de cessão de uso de terrenos da prefeitura de Porto Alegre para o governo do Estado permitirá que dois Centros da Juventude sejam construídos no ano que vem. As unidades serão edificadas nos bairros Medianeira (para atendimento da população da Vila Cruzeiro do Sul) e Restinga, regiões com altos índices de violência. A finalidade é reduzir a criminalidade infanto-juvenil e combater a evasão escolar, oferecendo atividades de educação, esporte, cultura, lazer e empregabilidade.
As obras serão financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A instituição financeira autorizou verba de R$ 56 milhões para o Programa de Oportunidades e Direitos (POD), que prevê a criação de seis Centros da Juventude, sendo um em Alvorada, um em Viamão e quatro na Capital, e de três unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), bem como o investimento em polícias comunitárias e em projetos contra a evasão escolar. Os centros serão construídos em um modelo já previsto, com tamanho de 700 a 1.000 metros quadrados e até quatro andares, possibilitando o atendimento de cerca de 300 jovens de 15 a 24 anos.
Segundo o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, César Faccioli, nos últimos 20 anos, houve um aumento expressivo na quantidade de mortes de jovens, especialmente negros moradores da periferia. "Por isso, fizemos um projeto que visa promover a cultura da paz. Procuramos a prefeitura para encontrar áreas em locais com altos índices de violência e o município se sensibilizou com a causa, executando os trâmites burocráticos para a cessão em aproximadamente 15 dias", destaca. Trata-se de uma matriz de convergência, com o objetivo de melhorar a vida da juventude porto-alegrense e gaúcha em médio e longo prazo, reduzindo a violência causada e sofrida por jovens.
A partir de agora, a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) se dedicará à produção do edital de licitação dos projetos, inclusive o executivo, para que as duas obras sejam iniciadas, se possível, ainda em 2016. "Esses dois centros ficarão ao lado de centros municipais que já são referência comunitária para a juventude da Cruzeiro do Sul e da Restinga. Portanto, não construiremos demandas, vamos mapeá-las em conjunto com a comunidade e oferecer os serviços demandados pela população", explica Faccioli.
O foco será na oferta de atividades visando à empregabilidade. A identificação das demandas de cada região ocorrerá dentro dos Fóruns Permanentes da Juventude de cada bairro. "Queremos dar exatamente o que a juventude tem muito pouco hoje, que é oportunidade de seguir o caminho do bem, envolvendo as famílias, as organizações da sociedade civil e todos os outros atores desse processo", afirma o secretário.
Para o prefeito José Fortunati, não importa qual ente federado está administrando os serviços o interesse do cidadão é ter suas demandas resolvidas. "Cabe ao poder público dar essa resposta. O cidadão paga seus tributos e quer um retorno concreto. Emparceirados, devemos buscar ações para atender a essas demandas", aponta.
A prefeitura possui vínculo com 450 entidades da sociedade civil da Capital. "Não podemos parar. O não atendimento ou a ausência do Estado nas favelas causa mortes através, por exemplo, do tráfico", ressalta Fortunati. O modelo dos centros será de cogestão, com parte da administração sendo feita pela sociedade civil. A escolha concreta das atividades será feita a partir do ano que vem.
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