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Saúde

- Publicada em 22 de Dezembro de 2015 às 21:39

Casos suspeitos de microcefalia passam de 2,7 mil

Agentes de combate a endemias já atuam nos bairros reforçando a prevenção ao mosquito Aedes aegypti

Agentes de combate a endemias já atuam nos bairros reforçando a prevenção ao mosquito Aedes aegypti


FREDY VIEIRA/JC
O Rio Grande do Sul vai contar com 10.631 agentes comunitários de saúde, e 1.899 equipes entrarão em ação em 475 cidades para reduzir a incidência do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus. Os profissionais vão ajudar no trabalho de busca de criadouros, já realizado nas comunidades pelos agentes de combate a endemias, e darão orientações sobre as medidas de prevenção contra as doenças.
O Rio Grande do Sul vai contar com 10.631 agentes comunitários de saúde, e 1.899 equipes entrarão em ação em 475 cidades para reduzir a incidência do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus. Os profissionais vão ajudar no trabalho de busca de criadouros, já realizado nas comunidades pelos agentes de combate a endemias, e darão orientações sobre as medidas de prevenção contra as doenças.
A medida foi anunciada ontem, juntamente com os novos dados sobre casos de microcefalia no País, divulgados no mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Em apenas uma semana, o número de casos aumentou 16%. O Brasil registra 2.782 casos suspeitos e 40 mortes possivelmente relacionadas ao zika vírus. Na semana passada, eram 2.401. Os casos estão distribuídos em 618 municípios de 20 estados. Pernambuco continua liderando, com 1.031 ocorrências. Em seguida, vem a Paraíba, com 429, e a Bahia, com 271.
O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de reforçar o combate ao mosquito nas férias e festas de fim de ano, período marcado por chuvas em muitos estados e com maior circulação de pessoas. "Se hoje não temos uma vacina para o zika, o chikungunya ou a dengue, ou alguma tecnologia inovadora para ser utilizada, a ação mais efetiva é eliminar os focos do mosquito. Por isso, é importante fazer um apelo à sociedade: antes de sair de férias, descarte corretamente latas, garrafas, embalagens de presentes, todo e qualquer recipiente que possa acumular água parada. Casa vazia não pode servir de criadouro do mosquito", reforçou o secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi.
De acordo com o ministério, um paciente contraiu o zika depois de receber transfusão de sangue em um hospital de Campinas, em São Paulo. O doador não sabia que estava doente, mas fez uma notificação assim que começaram os sintomas. Os exames constataram a presença do vírus nos dois pacientes. O governo, no entanto, não confirma que a contaminação tenha se dado pela transfusão. Para a pasta, não há motivos para deixar de doar sangue, principalmente neste momento em que os estoques tendem a baixar. Quem teve zika, no entanto, deve esperar 30 dias para fazer a doação, a fim de evitar possíveis infecções.

Filipinas é o segundo país a aprovar vacina contra dengue; Brasil pode ter imunização em breve

As Filipinas são o segundo país do mundo a aprovar a vacina contra a dengue. O primeiro foi o México, no início de dezembro, que aprovou a imunização criada pelo laboratório Sanofi Pasteur. De acordo com a diretora médica da Sanofi, Sheila Homsani, a expectativa é de que a vacina seja aprovada no País em breve.
"O Brasil foi o primeiro a receber o dossiê completo, mas o tempo de aprovação dos órgãos regulatórios varia entre os países. Esperamos a aprovação no final deste ano ou no começo do ano que vem", disse a diretora.
A vacina apresenta uma diminuição de 93% dos casos graves da dengue, como a hemorrágica, de 80% das hospitalizações, e foi testada em 40 mil pessoas de áreas endêmicas. A eficácia global, contra os quatro sorotipos da doença, é de 66%. Também não causou efeitos colaterais graves durante os testes. A vacina contra a dengue é composta de uma parte do vírus da febre amarela e revestida por partes dos quatro tipos do vírus da dengue. O vírus da vacina da febre amarela foi usado por ser um vírus estável, que não provoca a doença em quem a recebe, apenas anticorpos.