Os médicos residentes do Complexo Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, aderiram ontem à paralisação da categoria. Hoje, é esperado que profissionais do Hospital Fêmina também se unam aos grevistas. Por enquanto, os hospitais alegam que a paralisação tem sido mínima, sem causar grande impacto. No Hospital de Clínicas, no entanto, 133 consultas tiveram de ser remarcadas em dois dias.
De acordo com a Santa Casa, a adesão dos residentes à greve não afetou consultas, agendamentos de exames e cirurgias. No Hospital de Clínicas, apenas 1% dos atendimentos foi afetado - das 4.042 consultas agendadas, 41 não puderam ser realizadas na terça-feira, e, na quarta, foram 92 das 3.722. Todas foram remarcadas.
No Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas (HMIPV), houve adesão de 70% dos residentes. Pediatria, psiquiatria e gineco-obstetrícia foram as áreas mais afetadas. Na maioria das unidades do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), o serviço foi reorganizado e não houve impacto na assistência. No entanto, nas áreas de medicina interna, neurologia e infectologia, cerca de 2,66% das consultas foram remarcadas.
Como forma de protesto, os residentes fazem vigília, distribuem panfletos em frente aos estabelecimentos e fazem doações de sangue. A categoria reivindica mais qualidade na formação, fiscalização da estrutura das instituições que abrem vagas para residentes e reajuste do valor da bolsa-auxílio, levando em conta a inflação desde março de 2013, mais 5,5% de aumento. Não há previsão para o término da paralisação.