Na hora de prospectar um emprego, segundo a psicóloga do Escritório de Carreiras da Pucrs, Gabriela Dutra, é preciso ter tato para captar a aproximação ideal dependendo do tipo da vaga. Nem toda oportunidade requer que você marque um café, assim como nem sempre vai ser suficiente só mandar o CV anexo por e-mail.

Veja outras dicas:

>> Mandar um e-mail ou simplesmente se cadastrar em todos os sites e esperar que a vaga chegue no inbox não rola. "É importante ter uma busca ativa e focada, fazer um planejamento e não se acomodar", afirma Gabriela.

>> É superimportante manter a rede de contatos aquecida. Não basta ter milhares de amigos no Facebook e interações no Linkedin sem interagir de fato com estas pessoas. "Não é só ir lá e me conectar e achar que pronto, fiz a minha parte. Isso vai desde mandar um feliz aniversário, para que as pessoas nos reconheçam. Todos os contatos que fizermos antes com as pessoas vão fazer diferença no tipo de resposta que elas vão dar quando precisarmos."

>> Rede de contatos é feita de trocas. "E se eu só procuro a minha rede quando eu preciso, vou ficar marcado por isso, porque as pessoas veem quem retribui."

>> Não seja aquele profissional que não retorna e-mails ou não está disposto a conversar, mas lembra e vai atrás das pessoas só quando precisa. "Isso acontece bastante, e quando estamos procurando emprego nem se fala."

>> "Às vezes, a rede não funciona justamente porque a gente não a alimentou."

>> E, falando de mercado, muitas oportunidades são fechadas através de indicações. Valorize sua procedência e suas referências, contatos-chave que conhecem seu trabalho e podem ajudar a alcançar novos patamares.

>> Muitas vagas acabam não sendo divulgadas porque empresas e recrutadores usam a sua própria rede de relacionamento e contatos para ocupar o cargo. "Mas também ninguém vai indicar alguém que nunca a procure ou que não se mostre interessada, e sim de quem construiu um contato com a outra", salienta. Gabriela alerta: isso não quer dizer sair fazendo amizade. É preciso respeitar limites.

>> Headhunters são pessoas mais abertas, em que uma tentativa de contato pessoal pode ser mais interessante. O famoso marcar um café, ou um telefonema podem ser uma boa atitude.

>> Em empresas grandes, é difícil que isso ocorra com a equipe de RH. Talvez esse momento pessoalmente seja mais raro conforme a vaga.

>> "Aqui no escritório, a gente costuma orientar as pessoas a fazerem um esquema e categorizar os tipos de contatos. Organizá-los e visualizar a melhor forma de se aproximar deles. Ninguém é igual, não vale usar a mesma estratégia para todo mundo."

>> Em geral, as pessoas pensam que vão incomodar em ligar e atrapalhar a rotina. Mas não, muitas vezes a pessoa vai achar superlegal, se sentir lisonjeada por você considerar esse contato com ela importante.