Unir diversão e exercício físico. Essa é a proposta do Studio Kangoo, que abriu a terceira unidade, no bairro Três Figueiras, em novembro, num espaço de cerca de 200m².
O começo do negócio foi parecido com o de muitos empreendedores que não contam com o apoio de investidores: na garagem de casa.
A ideia de fazer um estúdio especializado na modalidade de Kangoo Jump surgiu em 2013. Depois que a academia onde a arquiteta Cassandra Czerwinski e a administradora de empresas Luciana Guindani praticavam parou de disponibilizar as aulas, a dupla aproveitou a oportunidade.
Como tinham muita vontade de continuar praticando o exercício e sabiam de mais pessoas interessadas, levaram a atividade para dentro do lar.
A primeira unidade nasceu no mesmo ano, na garagem da casa de Luciana, no bairro Bela Vista, em Porto Alegre, onde foram feitas reformas para adaptar o espaço - que continua funcionando até hoje. Essa foi a primeira academia do Brasil focada nessa atividade física, garante a arquiteta.
A procura pelas aulas foi aumentando, e as sócias abriram mais um estúdio, em março de 2015, no bairro Bom Fim, também na Capital.
Atualmente com cerca de 300 alunos em toda a rede, a arquiteta e a administradora continuam com planos de expansão. Elas pretendem investir ainda mais nos três estúdios, apostando em um ambiente confortável com área de convívio social.
O projeto, feito pela própria arquiteta, incorpora venda de produtos de ginástica e equipamentos para a prática do exercício.
"Nós começamos a pesquisar sobre a bota e os benefícios e percebemos que o kangoo é muito além de uma atividade física. As vantagens dele são amplas até para pessoas com problemas de saúde", explica Cassandra. A história da modalidade tem origem no século 20, na Europa Oriental, a partir de protótipos de botas que tinham função de servir de dispositivos recreativos para a recuperação de atletas com lesões nas pernas.
Os 10 professores da rede tiveram de fazer cursos para dar as aulas. "Todo o atendimento diferenciado que oferecemos aos alunos e professores, o fato da nossa equipe ser feliz em trabalhar aqui, todo esse relacionamento é a chave do sucesso do nosso negócio", avalia Luciana.
Para quem quiser apostar em um empreendimento semelhante, Cassandra sugere que se mantenha o foco no investimento desejado. "A gente pesquisou muito sobre o equipamento e nos aprofundamos sobre o assunto antes de começar", expõe.
Cada bota pesa dois quilos, mas o sistema de amortecimento absorve até 80% do impacto durante a atividade. Além da melhoria da circulação e do combate ao estresse, uma aula queima aproximadamente 500 calorias.
A academia de Kangoo Jump que começou em casaHoje, no #GeraçãoE: bit.ly/1PPCMYHPosted by Geração E on Thursday, January 7, 2016
Amigos enxergam mercado mundial para delivery vegetariano
Foi com pouco investimento financeiro, mas muita vontade, que começou a funcionar, em dezembro, o Velivery, a nova opção de telentregas vegetarianas e veganas de Porto Alegre. Para evitar o alto preço para desenvolver um aplicativo, um site responsivo que funciona como tal cumpre a função em celulares e tablets. Para fugir dos aluguéis, a operação ainda funciona no estilo home office. A expansão está prevista para breve, com uma possível unidade de negócios em São Paulo e com o app já em 2016.
Criada pelo designer Benhur Antunes, 25 anos, e pelo publicitário Guilherme Ebling, 27, também administradores do site souvegetariano.com, a ideia tem potencial de funcionar no Brasil todo e até no exterior - já que o nome faz sentido em inglês. "Criamos pensando nisso. Não tem um app assim a nível mundial", diz Antunes.
Ebling conta que a proposta foi lançar essa versão beta para que o aplicativo esteja pronto quando for colocado no mercado. "A gente nunca sabe tudo antes de lançar de fato", expõe o publicitário. "O jeito que tu puderes lançar o teu projeto é o melhor jeito. Porque tu vais aprender com ele, vais melhorando. Se tu deixares para depois, de repente, alguém vai fazer antes de ti", alerta.
O Velivery reúne em uma plataforma comidas vegetarianas, veganas e saudáveis produzidas por várias empresas da cidade. A opção foi desenvolvida para atender o público que não consome carne e para conquistar simpatizantes. Há, ainda, ofertas sem glúten, açúcar e lactose. Por enquanto, opera somente em Porto Alegre.
O cliente não paga nada para a ferramenta - que fatura através de comissão de venda dos restaurantes.
"A gente tentou não se limitar em apenas fazer uma versão vegetariana de um aplicativo delivery. Estudamos muito tanto a base de estrutura desses aplicativos quanto a história de crescimento dos empreendedores donos do iFood, Pedidos Já, Devorando e tantos outros que existem ao redor do mundo. A gente viu tudo que há de bom e de ruim. Tem de ser um portal que dê vontade de comer nas pessoas. Fizemos mescla de funcionalidade e atratividade", descreve Ebling, acrescentando que eles buscam investidores.
Professoras de inglês apostam em ambiente intimista
Ensinar inglês fazendo com que os alunos se sintam em casa. Essa é a proposta da escola de inglês All in English, que hoje funciona em um imóvel colado à residência de Márcia e Juliana Nogueira Lotz Alves - onde tudo começou.
As proprietárias do negócio, no bairro Tristeza, em Porto Alegre, iniciaram o projeto há seis anos. Mãe e filha davam aulas particulares, com três ou quatro alunos. O negócio cresceu e a casa onde moram já não dava conta da demanda.
A motivação vem da história da família, que morou muito tempo fora do Brasil. Quando voltaram, viram a oportunidade de ensinar o idioma. "Nós sentíamos que existia uma limitação muito grande, não conseguíamos desenvolver o trabalho, porque as escolas, de uma certa maneira, são engessadas nos velhos métodos", explica Márcia. Ambiente intimista e salas sem classes, ao contrário do modelo tradicional, são citados como diferenciais.
A nova sede passou a funcionar em julho de 2014. A ideia principal é atender as pessoas de uma maneira menos massificada e mais personalizada. Ambientes decorados com aconchego dão o toque do estabelecimento. "Estamos muito felizes com os resultados que alcançamos, porque temos um contato mais direto com os nossos alunos e conseguimos dar um tratamento mais personalizado. Percebemos que é isso que eles querem", explica Márcia.
Recentemente, a escola lançou um livro, com a história The Man Who Planted Trees, todo adaptado para a prática de inglês, com ilustrações e um glossário nas páginas.
O investimento para a expansão da escola para a casa vizinha foi de cerca de R$ 40 mil. O espaço conta, atualmente, com cinco teachers (Márcia, as duas filhas e mais duas professoras).
São atendidos entre 70 e 80 alunos por mês. A forma de pagamento também é no estilo caseiro: os alunos pagam pelas aulas que já tiveram ao invés de um valor fixo por semestre - como ocorre em franquias. A família administra desde a parte operacional até a financeira do negócio.