As novidades que farão a felicidade dos veranistas e incrementarão a renda de quem aposta no verão

PotyCake: a food bike pioneira do Litoral


As novidades que farão a felicidade dos veranistas e incrementarão a renda de quem aposta no verão

Uma bike florida e itinerante que transporta bolos com a leveza do verão. Aliás, uma bike não, três - e mais um carrinho. É dessa forma que as cunhadas Rafaela Marques, 33 anos, e Tatiane Ferrazzo, 39, estão empreendendo pelo Litoral Norte gaúcho. Elas são sócias da PotyCake, a novidade que promete adocicar e refrescar a vida dos moradores e veranistas de Capão da Canoa e região.
Uma bike florida e itinerante que transporta bolos com a leveza do verão. Aliás, uma bike não, três - e mais um carrinho. É dessa forma que as cunhadas Rafaela Marques, 33 anos, e Tatiane Ferrazzo, 39, estão empreendendo pelo Litoral Norte gaúcho. Elas são sócias da PotyCake, a novidade que promete adocicar e refrescar a vida dos moradores e veranistas de Capão da Canoa e região.
O negócio surgiu em agosto, enquanto as duas matutavam sobre o que poderiam fazer para incrementar a renda entre os meses de dezembro e fevereiro. Para elas, que moram em Capão da Canoa, o período significava baixa demanda. Rafaela, que é arquiteta autônoma, trabalha em projetos ao longo do ano justamente para deixar tudo pronto para o veraneio. Tatiane, que é professora e decoradora, viu a crise atingir seu ramo. "Foi prevendo o nosso ócio que geramos a PotyCake", conta Tatiane.
Optar pela alimentação foi fácil. Nas festas de família, a professora sempre fez sucesso com o "chocolover", bolo de chocolate que utiliza uma tradicional receita de sua mãe. "A gente só precisou testar outras receitas até que o produto ficasse leve, sem gosto enjoativo e capaz de deixar o cliente com vontade de 'quero mais'", explica. "Fizemos uma sobremesa alternativa ao sorvete", completa Rafaela. O bolo é vendido gelado e com ingredientes generosos. São duas camadas de recheio, duas de bolo aerado e uma de cobertura.
Além de sabores tradicionais, como chocolate, prestígio e churros, a PotyCake conta com linhas especiais e fitness, sem glúten, sem lactose e à base de pasta de amendoim. O pote pequeno, de 120 gramas, custa R$ 5,00. O grande, com 250 gramas, custa R$ 8,00.
No mercado desde setembro, Rafaela e Tatiane começaram vendendo os bolos em kits por encomenda e em eventos. Depois, para dar um "toque a mais", elas apostaram na tendência das food bikes - e acabaram virando as pioneiras do Litoral Norte nesse estilo. O sucesso foi tanto, que a administração do Shopping Lynemar, no Centro de Capão, procurou as empreendedoras para que abrissem um ponto físico no local.
As outras duas bikes e o carrinho circulam em praças e eventos de praias próximas a Capão, como Xangrilá e Atlântida. Foram contratados 10 funcionários para vender e produzir as delícias.
O plano é obter o retorno dos R$ 20 mil investidos ainda neste verão. O segundo passo será a expansão da marca no formato de franquias, que já está sendo testado por uma representante em Caxias.

Para atender aos mais diversos paladares, Atlântida terá food park

Aproveitando a onda dos food trucks, a partir do dia 26 de dezembro, entra em operação em Atlântida um parque voltado para a gastronomia. O Atlântida Food Park, na avenida Central, nº 2.457, tem o enfoque de trazer opções culinárias diferentes para o Litoral, onde geralmente poucos restaurantes se aventuram a implantar propostas mais ousadas.
"Na praia, normalmente, você tem poucas opções diferenciadas. Então, quis trazer outras variedades", conta Mucles Huwwari, idealizador do festival gastronômico.
Ele promete que serão 12 trucks ao ar livre, com opções para os mais diversos paladares: hambúrger, pizza, barbecue ribs, pastéis, burritos, crepe francês, além de bares, espaço para crianças, erva e água quente para o chimarrão, cervejas artesanais e palco para pocket shows. Entre os restaurantes, Huwwari cita alguns conhecidos da Capital, como Pueblo, Kangaroo e Delicafé.
Alguns espaços foram elaborados em contêineres dentro do parque. Além disso, o empreendedor apostou numa estrutura mais confortável, com banheiros convencionais - e não banheiros químicos, como é comum nos festivais.
A atração, que pretende ser um ambiente informal e familiar, tem entrada gratuita, e opera às quintas e sextas, das 17h às 22h, e sábados e domingos, das 12h às 22h.
Huwwari já é experiente no Litoral - eram dele as casas noturnas Wari, Jimbaram, Cozumel e República de Madras -, portanto conhece o perfil do cliente da região e sabe o quanto aumenta o volume de visitantes.
Após um incêndio no restaurante que tinha recém-inaugurado, o Phabrika, ele teve dois meses para encontrar uma alternativa que fosse rápida e prática para viabilizar a construção e iniciar a operação a tempo do veraneio. Da necessidade e agilidade, nasceu o Atlântida Food Park, no mesmo lugar onde estava o restaurante. "O empreendedor, se entender ao menos um pouquinho de alguma coisa, vai em frente", resume.
A estrutura do Atlântida Food Park permanece em funcionamento, a princípio, até o dia 14 de fevereiro.

Empreendedor de visão

Na tarde de sábado, 5 de dezembro, champanhe e fogos de artifício estouraram no céu de Tramandaí. A celebração vinha da avenida Fernandes Bastos, nº 100, onde inaugurava a ótica Pura Visão. O negócio é fruto da experiência e, principalmente, do desejo do ex-bancário Renato Braga Camargo, de 26 anos. Seu sonho sempre foi empreender e, buscando qualidade de vida, decidiu sair de Porto Alegre e instalar a loja na "capital das praias", ao lado da ponte que separa o balneário de Imbé.
Camargo é formado em Administração e sempre esteve envolto na temática do negócio. O pai dele, Osmar, há 40 anos atua como representante comercial de óculos e relógios. Tanto que ele incentivou o filho, na adolescência, a fazer um curso técnico de dois anos em ótica - onde aprendeu a lidar com medições, armações e lentes. Uma especialização que hoje é fundamental para ele, que é responsável por administrar o negócio - seu irmão, Bruno, 29, também é sócio, mas segue em Porto Alegre.
O pontapé para o empreendimento foi dado em 2014. Não por Camargo, mas pela agência bancária onde trabalhava há três anos. "Chegaram um dia e comunicaram que eu estava demitido", lembra. Para se recompor, decidiu passar uma temporada em Florianópolis fazendo quase todos os dias aquilo que ele mais ama: surfar. Só voltou um ano depois, decidido a apostar o dinheiro da rescisão trabalhista no empreendimento. "Na verdade, é tudo o que sempre sonhei. Estudei minha vida inteira para empreender e fiquei feliz por conseguir isso mais cedo do que pensava", conta ele, que se mudou definitivamente para o Litoral.
A paixão pelo surf, aliás, é nítida nas paredes e balcões da Pura Visão. Conforme Renato, a loja optou por oferecer "marcas estilosas" - como Oakley, Arnette e Ray-Ban, que custam de R$ 200,00 a R$ 700,00 - justamente para se diferenciar das outras óticas da região. Sobre a concorrência com os camelôs, que oferecem produtos não originais e mais baratos, ele diz não temer. "Quem gosta de óculos paga um preço maior, porque sabe que a saúde está em jogo." Além dos óculos, a loja também vende bijuterias e relógios.
Embora Tramandaí tenha 42 mil moradores, no verão esse público é multiplicado por 12 - são quase 500 mil veranistas, de acordo com a prefeitura. E é justamente nessa maré que Camargo também quer surfar. "Nós estamos otimistas para obter metade do investimento ainda neste verão", explica ele, que apostou R$ 40 mil no ponto e em mercadorias. Durante a temporada, a loja pretende funcionar das 9h às 21h - especialmente nos fins de semana. "Têm sido muito bom esses primeiros dias", ele suspira. "Posso chegar a hora que quiser, vir de barba e, se o mar estiver bom, eu até surfo antes de vir trabalhar", completou ele, com sorriso de orelha a orelha.