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esportes | Dupla Grenal

- Publicada em 17 de Dezembro de 2015 às 19:05

Grêmio e Inter: nova temporada, ambições diferentes

Manutenção do controle financeiro, aquisição definitiva da Arena e a conquista de um título são o tripé da gestão de Romildo Bolzan Júnior para o próximo ano do Grêmio. O presidente tricolor acredita que o ingrediente que falta para encerrar o jejum de 15 anos sem um título de expressão é a qualificação do elenco e a renovação dos principais jogadores que deram a resposta esperada no ano que passou. Do outro lado, o presidente Vitorio Piffero lembra que, desde que faz parte do futebol do Inter, não houve um ano com tão poucos títulos a serem disputados. Assim, ele almeja o hexacampeonato gaúcho e o compromisso de sua gestão em voltar a vencer um Campeonato Brasileiro, uma espera que completará 37 anos em 2016.
Manutenção do controle financeiro, aquisição definitiva da Arena e a conquista de um título são o tripé da gestão de Romildo Bolzan Júnior para o próximo ano do Grêmio. O presidente tricolor acredita que o ingrediente que falta para encerrar o jejum de 15 anos sem um título de expressão é a qualificação do elenco e a renovação dos principais jogadores que deram a resposta esperada no ano que passou. Do outro lado, o presidente Vitorio Piffero lembra que, desde que faz parte do futebol do Inter, não houve um ano com tão poucos títulos a serem disputados. Assim, ele almeja o hexacampeonato gaúcho e o compromisso de sua gestão em voltar a vencer um Campeonato Brasileiro, uma espera que completará 37 anos em 2016.

GRÊMIO

Bolzan mantém a política de contenção de despesas e a busca por novas receitas

Bolzan mantém a política de contenção de despesas e a busca por novas receitas


GILMAR LUÍS/JC
Jornal do Comércio - Em mais um ano de crise e recessão, como o senhor planeja o futebol gremista?
Romildo Bolzan Júnior - Vamos manter o nosso plano de reestruturação financeira e seguir sem cometer nenhuma loucura com valores exorbitantes. A política de contenção de despesas e a valorização e busca por novas receitas seguirão sendo metas. O valor da folha salarial, antes programada para o período dos próximos quatro anos, era de R$ 4,5 milhões brutos mensais. Hoje, nós já recalculamos este valor, equilibrando a nossa situação, e elevamos a folha para R$ 6 milhões. Eu acredito que seja possível fazer um time extremamente competitivo com um custo mensal nestes valores planejados.
JC - Qual o ingrediente final que falta para o Tricolor voltar a conquistar um título?
Bolzan - Qualificação. Precisamos qualificar o nosso grupo, que já tem boas peças, mas precisamos incrementar com jogadores pontuais que somem ao nosso elenco. O Grêmio está em busca de jogadores que não são caros para potencializá-los. A nossa prioridade é manter os atletas que estão aqui e, em um segundo momento, trazer os reforços para montar um grupo competitivo. Eu quero renovar com todos os principais atletas para 2016. Muitos jogadores formados no clube já tiveram seus contratos prolongados ao longo desta temporada.
JC - Qual a ambição do Grêmio para a próxima temporada?
Bolzan - Nós iremos entrar na disputa pelo título da Copa Libertadores da América. Acredito que formaremos um grupo forte e qualificado, com reais chances de brigar pela taça. Ela é uma competição diferente, em que conta o momento do time nos jogos de mata-mata. A formação de um time forte, vigoroso, de muita velocidade e robusto do ponto de vista da marcação será a base para chegarmos onde pretendemos. Esse é o perfil de grupo que nós estamos montando para o ano que vem.
JC - Qual é o principal legado que os seus dois anos de gestão podem deixar ao Grêmio? A negociação da Arena?
Bolzan - Com certeza a concretização da compra em definitivo e a gestão da Arena é um dos principais legados que nós poderíamos deixar para o clube. O fato de trazer o estádio de volta ao torcedor vai permitir que possamos desenvolver novas formas de receita, além de mexer com o nosso torcedor. No entanto, sei a importância que é voltar a conquistar um título. Precisamos erguer uma taça em 2016. E acredito que estamos no caminho certo.

INTER

Piffero afirma seu compromisso de voltar a conquistar um Campeonato Brasileiro

Piffero afirma seu compromisso de voltar a conquistar um Campeonato Brasileiro


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio - Como o senhor planeja o ano colorado sem a participação na Copa Libertadores?
Vitorio Piffero - Vou usar a frase do Bolzan (presidente do Grêmio): a Libertadores dá prejuízo. Ela representa um faturamento em torno de R$ 10 milhões, mas uma despesa equivalente. Quando temos um estádio lotado, no nosso caso, são apenas sócios. Claro que isso é ótimo, até porque ele está pagando em dia sua mensalidade, mas a receita é baixa. Óbvio que é bom estar na Libertadores, pois mobiliza e mantém o associado. Porém, vamos buscar novos faturamentos. Já estamos na Flórida Cup e estamos buscando novos mercados, como a China.
JC - Qual o plano de contratações e o perfil buscado pela direção?
Piffero - O Inter pretende reduzir a idade média do grupo, contratando atletas na casa dos 26, 27 anos, para dar equilíbrio. Estávamos com jogadores muito novos ou muito velhos. Vamos buscar atletas disponíveis no mercado e com a qualificação que o clube entenda ser adequada.
JC - Qual é a receita para tratar os déficits em meio ao momento conturbado da economia nacional?
Piffero - O Inter realizou um empréstimo bancário com taxas bem mais baixas que as aplicadas em movimentações contratadas em outras gestões. Nós fizemos uma operação que não é de longo prazo. São 32 parcelas e já pagamos três. Então, 80% dos custo desta transação serão pagos na nossa gestão.
JC - Como o senhor vê a participação colorada na Copa Sul-Minas-Rio?
Piffero - O Inter só irá disputá-la se for rentável aos cofres do clube. A competição é formada por uma série de clubes que se uniram ou estão tentando se unir com objetivos diferentes. Esta é a grande dificuldade da Sul-Minas-Rio. Não houve uma sinalização certa de contratação de transmissão de imagem. Isso deixa a edição de 2016 sem recursos financeiros. No entanto, a Sul-Minas-Rio deve seguir, afinal, é uma grande oportunidade de criar um fórum de discussão do futebol brasileiro.
JC - Qual a ambição do Inter para 2016?
Piffero - Eu não me recordo, neste período que estou no futebol, de um ano em que tivéssemos tão poucos títulos a serem disputados pelo Inter. Se por um lado é uma novidade, por outro, ele nos dá algo que nunca temos: tempo. Até maio, temos um grande objetivo, que é sermos hexacampeões gaúchos. Até aí, temos o tempo para preparar o time para o Campeonato Brasileiro, e as exigências são outras. E, com certeza, é um compromisso desta gestão buscar o título do Campeonato Brasileiro.