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Perspectivas 2016

- Publicada em 17 de Dezembro de 2015 às 19:05

Exportação pode devolver parte das perdas internas

Patrícia Comunello
Se, nos mais de 8 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro, a recessão está no holofote de 2016, o jeito é espichar o olhar para fora. É o que boa parte das empresas instaladas no Estado estão fazendo, ou seja, focando o mercado externo como uma espécie de otimismo pragmático. Se o quadro é sombrio para os negócios internos, com revisões negativas sucessivas para desempenho do PIB e da produção industrial, os exportadores e candidatos a navegar por terras estrangeiras estão dispostos a fazer de tudo para não perder vendas, neste caso em dólar, que bate recorde de valorização frente ao real.
Se, nos mais de 8 milhões de quilômetros quadrados do território brasileiro, a recessão está no holofote de 2016, o jeito é espichar o olhar para fora. É o que boa parte das empresas instaladas no Estado estão fazendo, ou seja, focando o mercado externo como uma espécie de otimismo pragmático. Se o quadro é sombrio para os negócios internos, com revisões negativas sucessivas para desempenho do PIB e da produção industrial, os exportadores e candidatos a navegar por terras estrangeiras estão dispostos a fazer de tudo para não perder vendas, neste caso em dólar, que bate recorde de valorização frente ao real.
"O mercado externo está se tornando a tábua de salvação", resume o CEO da Fras-le, braço de auto-peças da Randon, Ricardo Reimer. O alívio é compreensível, pois o ambiente interno para a marca deve fechar o ano sem crescimento e sem maiores mudanças no próximo ano. No exterior, a Fras-le deve fechar com receita de US$ 150 milhões, ante US$ 94 milhões de 2014. Para 2016, a meta é crescimento real de 8% a 10% fora, além de agregar mais destinos - hoje, a empresa está em mais de 100 países. "Passamos anos de vacas magras em 2012, 2013 e 2014, mas nunca abandonamos os clientes. Agora, estamos colhendo os frutos", acredita Reimer, que trabalha com câmbio a R$ 4,15 no ano que vem. A turbulência política interna deve atiçar mais a cotação.
Mesmo a China desacelerando (a Fras-le tem operação lá) não assusta, pois o plano é ampliar produtos e se consolidar na região. A empresa quer crescer mais também nos Estados Unidos. O CEO cita que há limites na competitividade brasileira e aposta em mais acordos bilaterais. O titular do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro, veio ao Estado no começo de dezembro e badalou o aumento da lista de produtos que terão tratamento diferenciado com o México e prometeu mais movimentos, além de destravar o esperado acordo entre Mercosul e União Europeia (UE).
Monteiro preferiu ver mais aspectos positivos que as pedras no sapato da matriz exportadora brasileira. Buscando badalar o Plano Nacional da Cultura Exportadora, a ser operado por comitês com entidades setoriais, Monteiro louvou o peso do resultado externo gaúcho como decisivo ao esperado superávit de R$ 16 bilhões neste ano. Até novembro, o saldo regional era de US$ 7 bilhões, mas muito mais por queda na importação e por incorporação de divisas com a venda de itens primários e com menor intensidade tecnológica - de soja a celulose.
O plano federal quer mobilizar frentes para sair da marca de apenas 500 empresas gaúchas exportadoras para 3 mil nos próximos anos. O ministro acredita na tradição do Estado, que chega a ter uma exposição de 15% do PIB ligado ao intercâmbio externo. Vende-se mais itens primários (grãos no caso gaúcho), extrativos (petróleo e minérios) ou semimanufaturados. "Com a atual recessão na economia brasileira, as exportações surgem como uma grande oportunidade", valoriza o economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE) Tomás Torezani, que indica uma boa medida para dimensionar o impacto da depreciação cambial.
"O coeficiente da exportação aumentou desde 2011 e se intensificou em 2015. É provável que o grosso da depreciação seja colhido no segundo semestre de 2016", aposta Torezani. O Sindicato das Indústrias Metalmecânicas de Caxias do Sul (Simecs) registra alta de 19% até outubro na receita externa frente a 2014.
Getulio Fonseca, presidente da entidade, aposta em mercados potenciais a serem trabalhados em missões empresariais, citando como alvo o continente africano. "Têm países crescendo mais de 6% ao ano e precisando de tudo", anima-se Fonseca.
A Marcopolo, líder no seu segmento na América Latina, criou o programa Conquista, para ampliar a fatia externa. "Há mercados potenciais na Ásia, no Oriente Médio e na África", cita o diretor da área de Negócios Ônibus da companhia, Ruben Bisi. Até setembro, a marca elevou em 5% os volumes exportados, e em 15% o valor.
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