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Economia

- Publicada em 29 de Dezembro de 2015 às 17:29

FGV prevê desaceleração do IGP-M em 2016

Índice usado para reajustes de aluguel fechou 2015 com alta de 10,54%

Índice usado para reajustes de aluguel fechou 2015 com alta de 10,54%


TÂNIA RÊGO/ABR/JC
Apesar de fechar no maior nível em cinco anos, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), deve acentuar a trajetória de desaceleração nos primeiros meses de 2016, na avaliação do coordenador do indicador, Salomão Quadros. De acordo com ele, no resultado do mês de dezembro já foi possível observar o início dessa tendência.
Apesar de fechar no maior nível em cinco anos, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), deve acentuar a trajetória de desaceleração nos primeiros meses de 2016, na avaliação do coordenador do indicador, Salomão Quadros. De acordo com ele, no resultado do mês de dezembro já foi possível observar o início dessa tendência.
O IGP-M, usado para cálculo do reajuste do aluguel, encerrou o mês em 0,49%, que representou uma forte desaceleração em relação ao 1,52% registrado em novembro. No ano, o indicador fechou em 10,54%, maior nível desde 2010 (11,32%). No entanto, o resultado acumulado em 12 meses de novembro havia sido de 10,69%.
"O IGP-M vai desacelerar em 2016 por causa de certa estabilização no câmbio, que possibilita um repasse da deflação internacional das commodities para os preços ao produtor, que representam o maior peso do indicador", afirmou. "O efeito do estresse do câmbio em agosto e setembro já não é mais observado nos índices e parece que o dólar encontrou um ponto de equilíbrio entre R$ 3,80 e R$ 3,90." O efeito cambial não deve ficar limitado aos preços ao produtor. Os preços dos alimentos processados, que encerraram 2015 com alta de 10,80%, também devem começar a sentir os efeitos da estabilização da cotação do dólar.
Porém, os preços dos alimentos in natura podem sofrer com efeitos climáticos adversos. "O grupo alimentação ainda é fator de preocupação em 2016 e pode guardar surpresas", afirmou Quadros.
Ainda assim, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) - que fechou o ano em 10,24%, o maior nível desde 2002 (11,87%) - deve ter alívio em 2016, ao se aproximar do intervalo entre 7,5% e 8,5%, de acordo com a expectativa do pesquisador.
"Além do fim do repasse cambial nos alimentos processados, os administrados, que subiram 16,88% em 2015, devem ter elevação bem menor no ano que vem", afirmou. "Mas ainda há outras fontes de pressão, então em meados do próximo ano podemos ver o índice estacionar."
Os preços dos serviços, que vem se mantendo resilientes nos últimos anos, também devem dar sinais de desaceleração em 2016. "Com a alta da taxa de desemprego e o prolongamento da recessão, os efeitos devem finalmente começar a serem sentidos na inflação de serviços, que pode ir para o nível de 7%", disse.
No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), a variação passou de 0,40% para 0,12% em dezembro, puxada pelos materiais, equipamentos e serviços com taxa de 0,23%, o que é bem inferior ao número de novembro (0,86%). O índice referente ao custo da mão de obra ficou praticamente estável em 0,02%. No acumulado do ano, o INCC atingiu 7,22%.
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