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Economia

- Publicada em 28 de Dezembro de 2015 às 22:53

Walmart vai fechar supermercados no Estado

Anúncio da localização das operações que serão encerradas no Rio Grande do Sul sai até o final de janeiro

Anúncio da localização das operações que serão encerradas no Rio Grande do Sul sai até o final de janeiro


JOÃO MATTOS/JC
Adriana Lampert
O movimento de fechamento de lojas anunciado recentemente pelo grupo supermercadista norte-americano Walmart pode atingir até 30 operações no Rio Grande do Sul, impactando 1,5 mil empregos, segundo fontes do setor. Em fase de reavaliação de seus negócios globais, a multinacional informou que está saindo de países onde não consegue boa rentabilidade, diante de resultados financeiros fracos. No Brasil - onde estão 3% dos negócios da varejista -, pelo menos 10 lojas já foram encerradas. No Estado, o grupo mantém mais de 100 unidades de supermercados e deve informar até o final de janeiro quantos pontos serão desativados. Mas já é confirmado que a medida irá afetar somente a bandeira Nacional, sendo mantidas, por enquanto, as operações dos supermercados Big, Todo Dia e Maxxi Atacado.
O movimento de fechamento de lojas anunciado recentemente pelo grupo supermercadista norte-americano Walmart pode atingir até 30 operações no Rio Grande do Sul, impactando 1,5 mil empregos, segundo fontes do setor. Em fase de reavaliação de seus negócios globais, a multinacional informou que está saindo de países onde não consegue boa rentabilidade, diante de resultados financeiros fracos. No Brasil - onde estão 3% dos negócios da varejista -, pelo menos 10 lojas já foram encerradas. No Estado, o grupo mantém mais de 100 unidades de supermercados e deve informar até o final de janeiro quantos pontos serão desativados. Mas já é confirmado que a medida irá afetar somente a bandeira Nacional, sendo mantidas, por enquanto, as operações dos supermercados Big, Todo Dia e Maxxi Atacado.
Enquanto isso, lojistas com operações nas unidades que irão encerrar as atividades estão sendo informados que têm prazo de 30 dias para o fechamento dos negócios. São em maioria prestadores de serviços, além de farmácias, cafeterias e lavanderias. A notícia repercutiu entre entidades do varejo. "Estamos em um mercado extremamente competitivo. Quando um player deste porte se retira, a concorrência se fortalece, e isso não é saudável para o consumidor e para a economia local", lamenta o presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), Vilson Noer. O dirigente observa que o "nível de desemprego já está bastante acentuado, com forte queda de vagas em 2015", e a tendência de aumento de demissões no primeiro trimestre de 2016.
Em nota, a empresa confirma que, "por conta do atual ambiente econômico no Brasil", tomou a decisão de fechar algumas unidades no Estado com baixo desempenho. Conforme informação do presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec), Nilton Neco, o Walmart conta atualmente com 5 mil colaboradores no Rio Grande do Sul. Em Porto Alegre, a rede varejista possui 15 lojas, calcula o dirigente, que aguarda posição da empresa para considerar o impacto do número de demissões na Capital. "A partir daí, iremos buscar garantir os direitos dos trabalhadores demitidos e trabalhar junto ao grupo a ideia de readmitir o mais rapidamente possível parte desses funcionários", informa Neco. Segundo ele, a entidade irá propor que sejam realocados colaboradores para outras bandeiras do grupo. "Estamos fazendo todo o possível para transferir os funcionários dessas unidades para outras lojas e, quando não for possível, oferecemos apoio para recolocação profissional", afirma o texto da nota enviada pela multinacional.
O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antonio Longo, avalia que, "se o Walmart está mesmo fechando lojas, é porque se faz necessário para enfrentar a turbulência que vem sofrendo o mercado". O dirigente opina que esta é uma "readequação" que deveria ser feita também entre outros supermercadistas no decorrer de 2016. "Claro que uma empresa multinacional realiza cortes em maior proporção", pondera. "Mas o consumidor não irá sentir, porque o mercado gaúcho está altamente competitivo, somando 4,4 mil supermercados em todo o Estado." Ele também acredita que, com menos vagas ofertadas, os empresários do setor devem passar a reter e investir na capacitação da mão de obra.
Para Noer, é preciso pensar na economia gaúcha como um todo. "O consumo já está fraco, com a questão da renda dos trabalhadores afetada, o desemprego em alta, e o crédito caro. Para o Estado, o fechamento de supermercados é muito ruim, pois afetará na arrecadação de impostos que a empresa pagava." Na visão do presidente da AGV, isso deve afetar ainda no aumento de preços onde houver monopólios. "O consumidor está fazendo valer seu dinheiro", discorda Longo, informando que, neste Natal, 40% das pessoas que compraram produtos para ceia em supermercados migraram de marca. De acordo com o dirigente, o crescimento de 1,5% frente ao mesmo período de 2014 mostra que as pessoas estão evitando o endividamento. "A maioria deixou para comprar os produtos de Natal no dia 23, o que subentende-se que optou por utilizar o valor das parcelas do 13º salário para pagar contas já existentes."
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