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Economia

- Publicada em 27 de Dezembro de 2015 às 21:25

Brasileiros conhecem o consumo consciente

Para Gabriela, educar é o caminho

Para Gabriela, educar é o caminho


ANA NECA/INSTITUTO AKATU/DIVULGAÇÃO/JC
Thaís Seganfredo
Os brasileiros conhecem a importância de ações mais conscientes, mas poucos seguem medidas concretas. É o que revela um estudo divulgado neste ano pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que avaliou o comportamento do consumidor em relação às práticas mais equilibradas. A pesquisa constatou que os entrevistados atribuem a média 8,8 à importância do consumo consciente, em uma escala de importância de 1 a 10, mas apenas 2 de cada 10 pessoas podem ser considerados plenamente conscientes no Brasil. O SPC ouviu 605 brasileiros nas 27 capitais do País.
Os brasileiros conhecem a importância de ações mais conscientes, mas poucos seguem medidas concretas. É o que revela um estudo divulgado neste ano pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), que avaliou o comportamento do consumidor em relação às práticas mais equilibradas. A pesquisa constatou que os entrevistados atribuem a média 8,8 à importância do consumo consciente, em uma escala de importância de 1 a 10, mas apenas 2 de cada 10 pessoas podem ser considerados plenamente conscientes no Brasil. O SPC ouviu 605 brasileiros nas 27 capitais do País.
Entre as causas que levam as pessoas a tomarem atitudes sustentáveis, a principal é a economia de dinheiro, citada por 35,5%. Motivos como a sensação pessoal de dever cumprido com a sociedade (30,1%) e a satisfação ao praticar algo positivo para o futuro das próximas gerações (18,6%) também foram citados.
O Instituto Akatu, organização com foco no monitoramento e na mobilização do consumo consciente no Brasil, avalia que a evolução da sustentabilidade passa pela adoção de medidas urgentes. "A última conexão que falta é o consumidor perceber que a escolha que ele faz de um produto ou de um serviço tem a ver também com essa preservação ambiental. O nosso desafio é que essa percepção se torne um pilar da educação, porque a conscientização é um caminho sem volta", opina Gabriela Yamaguchi, gerente de Comunicação e Campanhas do Instituto Akatu.
A pesquisa também identificou as medidas que os brasileiros adotam nos três eixos da sustentabilidade: financeiro, ambiental e social. A conclusão é que 83,5% procuram doar um produto que não querem mais antes de jogar fora e 74% realizam as atividades consideradas adequadas para o uso racional da água. Em outros aspectos, porém, há poucos avanços. Apenas 53,2% separam a lixo doméstico para coleta seletiva. "A principal barreira para a mudança de comportamento das pessoas é que elas acham que não vão mudar o cenário com ações individuais, mas se cada uma fizer suas escolhas de forma consciente, esse impacto vai ser muito maior", diz Gabriela.
As empresas também entram como protagonistas na questão. De acordo com o estudo, cinco em cada 10 (50,7%) brasileiros analisam as práticas adotadas pela empresa em relação ao meio ambiente ou à sociedade antes de fazer uma compra. "Não adianta mais a empresa só falar do ponto de vista do investimento socioambiental. Esse modelo é importantíssimo, mas não é mais suficiente. O setor empresarial está sendo convocado a adotar uma produção mais sustentável, já que mudar a maneira como o produto é oferecido para o mercado também é uma educação pela oferta", garante Gabriela.
O engajamento de setores empresariais e de membros da sociedade civil na COP-21, realizada este mês em Paris, pode ser um indício de que o cenário para fortalecer a mudança é favorável. "O protagonismo de empresas e outras instituições foi realmente inédito na COP-21. O maior desafio vai ser implementar as ações em cada região", acredita a ativista.
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