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Inovação

- Publicada em 27 de Dezembro de 2015 às 21:13

Novo sistema óptico monitora barragens

Tragédias como a que ocorreu em Mariana (MG) mostram necessidade de maior controle das represas

Tragédias como a que ocorreu em Mariana (MG) mostram necessidade de maior controle das represas


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
Um novo sistema de monitoramento de barragens, que utiliza fibra e sensores ópticos para medir diversos parâmetros, acaba de entrar em operação nas usinas hidrelétricas de Foz de Chapecó e Barra Grande, construídas na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Um novo sistema de monitoramento de barragens, que utiliza fibra e sensores ópticos para medir diversos parâmetros, acaba de entrar em operação nas usinas hidrelétricas de Foz de Chapecó e Barra Grande, construídas na divisa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Uma das inovações é a aplicação de uma tecnologia de sensores de fibra óptica conhecida como grade de Bragg (FBG, do inglês Fiber Bragg Grating) para medir parâmetros diferentes e utilizando uma única fibra óptica para interligar os diversos sensores. Entre os dados que agora podem ser acompanhados de forma automática estão a vazão de percolação (infiltração), deslocamento ou deformação de juntas, dilatação de fissuras e trincas, recalque de estruturas, nível de água e pressão de água.
Tragédias como a que aconteceu esse ano com o rompimento das barragens em Mariana (MG) mostram a necessidade de um maior controle destas estruturas e a aplicação de tecnologias modernas é estratégica para evitar mais danos. "O monitoramento constante é fundamental para garantir a integridade e a segurança das estruturas das barragens, que estão sujeitas à degradação e ao envelhecimento de seus materiais em função da ação do tempo", explica o pesquisador da área de sistemas de sensoriamento óptico do CPqD, João Batista Rosolem. Os sensores são imunes a possíveis danos provocados por interferências eletromagnéticas.
A solução desenvolvida prevê ainda a disponibilidade dos dados de monitoramento a distância, em tempo real, a partir de tablets ou smartphones conectados à internet - via aplicativos web para dispositivos móveis.
O projeto é resultado de uma parceria entre o CPqD, instituição com foco na inovação em Tecnologias da Informação e Comunicação, e as empresas Energética Barra Grande (Baesa), Campos Novos Energia (Enercan) e Foz do Chapecó Energia, dentro do programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Plataforma mostra raio-x do desmatamento no Brasil

O MapBiomas, uma espécie de GoogleMaps dos ambientes naturais brasileiros, vai ajudar as pessoas a acompanharem as mudanças de uso do solo e suas implicações em emissões e reduções de Gás de Efeito Estufa (GEEs). Por imagens de satélites com resolução até 30mx30m, será possível conhecer a real situação de desmatamento da Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. A plataforma foi desenvolvida pelo Observatório do Clima, rede de ONGs que atuam na agenda climática do Brasil, em parceria com o Google.
Na primeira etapa, que começou a ser executada em 2015, serão avaliadas imagens captadas entre 2008 e 2015. No próximo ano, o período será o de 1985 a 2015 e, em 2017, as imagens até 2016, com detalhamento.
As imagens poderão ser visualizadas em até quatro níveis de zoom - o mais próximo a apenas 30 metros do solo. "É uma revolução para a conservação brasileira, pois as imagens vão mostrar um raio-x real e atualizado de todas as áreas naturais que foram devastadas e as que foram recuperadas com florestas", explica o gerente de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, André Ferretti. A instituição é uma das que faz parte do Observatório do Clima.
O MapBiomas terá quatro produtos principais: mosaico de imagens para cada ano analisado com resolução mínima de 30 metros, mapas de cobertura de uso do solo com quatro níveis de aproximação, relatório anual de transições de cobertura de uso do solo no Brasil e plataforma web de consulta pública com imagens, mapas e possibilidade de gerar estatísticas on demand. Será possível consultar imagens de anos anteriores para fazer análises que indiquem, entre outros dados, a quantidade de carbono que foi emitida.
Já os especialistas terão acesso a uma plataforma web de trabalho MapBiomas Workspace que permite a montagem do mapeamento.