Plano de recuperação da Manlec é aceito

Mais de um ano após entrar em processo de recuperação judicial, a rede de lojas Manlec teve, nesta semana, o plano de pagamento dos débitos aprovado pelos seus credores. Segundo o planejamento, que agora espera homologação da Justiça, a tradicional varejista gaúcha terá uma carência média de 20 meses para começar a pagar suas dívidas, na casa dos R$ 110 milhões. O tempo médio acertado para a quitação das pendências, segundo o advogado da empresa, João Medeiros Fernandes Junior, é de cerca de 10 anos.

"Com o plano, a Manlec ganha um novo fôlego para buscar se reerguer", comenta Fernandes. O advogado argumenta que a carência acertada, além de evitar que as cobranças fossem feitas no curto prazo, ainda se torna mais importante pelo momento da economia, dando tempo para que as vendas do varejo se recuperem. As primeiras dívidas a serem pagas serão as trabalhistas, de cerca de R$ 9,8 milhões, que serão quitadas com a venda de um terreno da empresa na Capital. O restante do passivo é dividido entre instituições financeiras e fornecedores.

Parte do plano aprovado pela assembleia de credores deixa em aberto a possibilidade de venda da rede. Fernandes argumenta que a própria reorganização do passivo pode tornar a empresa mais atrativa para um potencial comprador. Desde agosto de 2014, quando deu entrada no processo de recuperação judicial, a Manlec passou por uma "readequação", como define Fernandes, passando de 38 para as atuais 26 unidades.