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Economia

- Publicada em 18 de Dezembro de 2015 às 08:21

Levy se despede em encontro do CMN

Governo já vem discutindo nomes para ocupar pasta de Joaquim Levy

Governo já vem discutindo nomes para ocupar pasta de Joaquim Levy


EVARISTO SA/AFP/JC
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, surpreendeu os integrantes do Conselho Monetário Nacional (CMN) ao se despedir deles na última reunião do ano e informar que não estará presente no próximo encontro, no fim de janeiro. De acordo com os presentes, o tom era de quem praticamente oficializou a saída do governo.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, surpreendeu os integrantes do Conselho Monetário Nacional (CMN) ao se despedir deles na última reunião do ano e informar que não estará presente no próximo encontro, no fim de janeiro. De acordo com os presentes, o tom era de quem praticamente oficializou a saída do governo.
Segundo dois assessores que estavam na reunião, ao final da encontro, Levy desejou boas festas e bom final de ano a todos. Em seguida, afirmou que, pelas perspectivas, não estará mais presente no CMN na primeira reunião do próximo ano, no final de janeiro.
Procurado, o ministro da Fazenda mandou dizer, por meio de sua assessoria, que revelar o que é dito dentro de reuniões do CMN é uma "infração funcional e que, por isso, não poderia nem confirmar nem desmentir" a informação.
Levy divergiu novamente do governo na definição da meta fiscal de 2016. Ele era contra a redução, que acabou sendo aprovada, de 0,7% para 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Em conversas reservadas, ele dizia que, se a meta fosse reduzida, deixaria o governo.
O anúncio oficial da sua saída só não foi ainda oficializado porque a presidente Dilma Rousseff não conseguiu definir o nome que irá substituí-lo. O embate público do ministro em torno da meta fiscal de 2016 precipitou os acontecimentos.
A situação é muito semelhante ao que ocorreu em 2014 quando o cargo mais importante na área econômica ficou nas mãos de um ministro demissionário. Durante a campanha à reeleição, a presidente "demitiu" o então ministro Guido Mantega ao sinalizar que ele seria substituído se ela fosse reeleita.
Auxiliares diretos da presidente dizem que a substituição poderá acontecer a qualquer momento, com grandes chances de ser antes do Natal. Embora não fosse o motivo do encontro, na quarta-feira à noite, a saída de Levy foi um dos temas tratados na reunião da presidente Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, três ministros e o presidente do PT, Rui Falcão, no Palácio da Alvorada, que terminou perto da meia-noite.
O ex-presidente Lula, que vinha insistindo em emplacar o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, agora, demonstra simpatia por Armando Monteiro, atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Um grupo de senadores trabalha por Monteiro, que também é ex-presidente da Confederação Nacional de Indústria (CNI).
Lula já conversou com uma série de pessoas sobre Monteiro e recebeu boas referências dele, embora sempre existam prós e contras. O fato de ser um político cordato, com jogo de cintura, está entre os prós. Ele não ser um homem de mercado, pode ser um contra, mas avaliam que isso pode ser revertido. No Congresso, há quem divulgue que toda empresa que ele pega, quebra. Mas a abertura de uma vaga na Esplanada para acomodações políticas também ajudaria na decisão.
Enquanto a simpatia de Lula por Monteiro é divulgada, os petistas trabalham para que Dilma opte por uma solução caseira, limitando-se a transferir Nelson Barbosa do Planejamento para a Fazenda. A ideia, no entanto, é rejeitada por muitos outros setores do governo.
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