Uma bateria de notícias ruins fez o dólar ter ontem fortes ganhos ante o real. Após a Fitch cortar a nota de crédito e, com isso, retirar o grau de investimento do Brasil, a moeda americana teve forte impulso. Isso em um ambiente já cauteloso, em meio aos receios de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, possa deixar o cargo e com o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) dando início à elevação dos juros nos EUA. O dólar à vista fechou em alta de 1,22%, aos R$ 3,9257.
A Bovespa conseguiu se salvar da tempestade no fim do dia. Mesmo com os receios de saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda e após a Fitch cortar a nota de crédito, e com isso retirar o grau de investimento do Brasil, a bolsa conseguiu encerrar em alta. Após mínimas com a Fitch, a Bovespa começou a devolver a queda até virar para o positivo, batendo máximas à tarde. A leitura dos profissionais era de que o rebaixamento do País já estava precificado, com algumas nuances em cada avaliação. O evento mais aguardado nos últimos meses, a alta de juros pelo Fed, ficou em segundo plano.
A bolsa teve alta de 0,32%, aos 45.015 pontos. No mês, cai 0,23%, e no ano, 9,98%. O giro financeiro foi de R$ 22,412 bilhões, engordado pelo vencimento de Ibovespa futuro e opções de Ibovespa.