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Comércio Exterior

- Publicada em 09 de Dezembro de 2015 às 21:42

Governo federal lança plano para aumentar as exportações gaúchas

Monteiro falou ontem na Fiergs

Monteiro falou ontem na Fiergs


MARCO QUINTANA/JC
Responsável por cerca de 10% das exportações brasileiras, o Rio Grande do Sul tem, a partir de agora, um novo aliado para a expansão de suas vendas externas. Em reunião de diversas entidades locais e nacionais, foi lançado ontem o comitê gestor do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) no Estado, que atuará na sensibilização, inteligência, adequação de produtos e promoção comercial das empresas gaúchas. O objetivo, a curto prazo, é inserir 500 companhias do Estado no mercado externo, aumentando em 20% as vendas gaúchas.
Responsável por cerca de 10% das exportações brasileiras, o Rio Grande do Sul tem, a partir de agora, um novo aliado para a expansão de suas vendas externas. Em reunião de diversas entidades locais e nacionais, foi lançado ontem o comitê gestor do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) no Estado, que atuará na sensibilização, inteligência, adequação de produtos e promoção comercial das empresas gaúchas. O objetivo, a curto prazo, é inserir 500 companhias do Estado no mercado externo, aumentando em 20% as vendas gaúchas.
"Em meio a um processo duro de ajustes e de queda no consumo interno, a exportação é a válvula de saída desse cenário para o País, e qualquer plano exportador deve levar em conta as particularidades de cada região", argumentou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro, durante o lançamento do comitê regional, em Porto Alegre. Amparado no Plano Nacional de Exportações (PNE), lançado neste ano pelo governo federal, o PNCE já estabeleceu comitês também em Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco, e tem como meta atingir todos os estados até o fim de 2016.
Capitaneada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), a comissão gaúcha reunirá 12 organizações parceiras, como Banrisul, BRDE, AGDI, Famurs, Federasul, Fecomércio e Farsul. Elas se juntarão a outras 13 nacionais, como ministérios, Inmetro, Apex, Correios, Sebrae, Senac e bancos públicos, para possibilitar o que foi chamado de "trilha de internacionalização". "O comitê planejará, executará e monitorará resultados, desde a sensibilização até a venda efetiva de todas as empresas envolvidas", comentou o secretário de Comércio Exterior do Mdic, Daniel Godinho, que ainda previu a expansão do projeto para 2 mil empresas a médio prazo.
As companhias que participarão do programa serão escolhidas após inscrições e sugestões, segundo Monteiro, com principal atenção a pequenas e médias empresas. O ministro elenca setores como o moveleiro, o metalmecânico, o calçadista e a vitivinicultura, além de produtos do agronegócio, entre os de maior potencial. "O Rio Grande do Sul é estratégico, por ter uma cultura diversificada, com indústria pujante e força nas commodities agrícolas", argumentou Monteiro, lembrando que, até aqui, o Estado é responsável por metade dos quase US$ 14 bilhões de superávit da balança comercial brasileira em 2015.
O presidente da Fiergs, Heitor José Müller, garantiu o engajamento da entidade no que chamou de "adequado foco do governo em atuar regionalmente na difusão da cultura exportadora". Müller ainda afirmou confiar que o Brasil poderá chegar a ser um dos 10 maiores exportadores do mundo, saindo da atual 25ª posição. "Precisamos trabalhar muito para reverter a década perdida das exportações", disparou. O mandatário reclamou do excesso de burocracia, o grande número de leis e normas, os gargalos logísticos e da redução dos créditos do programa Reintegra.
Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado, Fábio Branco, também garantiu, durante o evento, o lançamento do programa ExportaRS para 2016, igualmente voltado ao fomento da exportação por pequenas e micro empresas gaúchas. Em 2015, até novembro, as vendas externas gaúchas totalizaram US$ 16,4 bilhões.

Acordo comercial com a UE deve ser firmado em 2016

Há muitos anos discutido, o acordo bilateral entre o Mercosul e a União Europeia (UE) deve sair em 2016, segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro. "Já temos a oferta pronta, e a negociação deve ter início ainda no primeiro trimestre", projetou o ministro, para quem o momento é "perfeito" para destravar o acordo. "Com a criação da Parceria Transpacífico, há espaço para a construção de outro grande megabloco", defendeu.
Para 2015, Monteiro ainda antecipou que, no próximo dia 16, será ampliado o tratado com o México, de 800 para quase 4,5 mil produtos com preferência tarifária. Acordos com o Peru e a Colômbia também foram definidos como importantes pelo ministro na retomada de mercados onde o Brasil já foi mais relevante comercialmente. "Precisamos nos integrar ao movimento mundial de criação de blocos. Quem não participar, ficará à margem do processo", definiu.