Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 09 de Dezembro de 2015 às 22:01

Crescimento só volta em 2018, afirma José Galló

Galló participou de palestra na sede da Federasul, em Porto Alegre

Galló participou de palestra na sede da Federasul, em Porto Alegre


FREDY VIEIRA/JC
Adriana Lampert
Mesmo com cautela em meio a um cenário de recessão em todo País, a meta da Lojas Renner continua sendo quase dobrar o número de operações de sua principal marca nos próximos oito anos. E ainda que considerando que a economia brasileira só retome o crescimento a partir de 2018, o presidente do grupo, José Galló, afirma que haverá oportunidades de crescimento para empresas do setor que apresentarem diferencial competitivo aos consumidores. "No entanto, não resta dúvidas de que em 2016 muitas lojas irão fechar, basta olhar a quantidade de placas de aluga-se já espalhadas no comércio de todo o País", ponderou o executivo em entrevista coletiva à imprensa, que antecedeu sua palestra na última edição do Tá na Mesa de 2015, ocorrida ontem na Federasul.
Mesmo com cautela em meio a um cenário de recessão em todo País, a meta da Lojas Renner continua sendo quase dobrar o número de operações de sua principal marca nos próximos oito anos. E ainda que considerando que a economia brasileira só retome o crescimento a partir de 2018, o presidente do grupo, José Galló, afirma que haverá oportunidades de crescimento para empresas do setor que apresentarem diferencial competitivo aos consumidores. "No entanto, não resta dúvidas de que em 2016 muitas lojas irão fechar, basta olhar a quantidade de placas de aluga-se já espalhadas no comércio de todo o País", ponderou o executivo em entrevista coletiva à imprensa, que antecedeu sua palestra na última edição do Tá na Mesa de 2015, ocorrida ontem na Federasul.
O tema da palestra, Feliz 2018, resume as perspectivas do gestor da varejista gaúcha frente ao cenário econômico dos próximos dois anos. "Será um período bastante desafiador, considerando a retração projetada de 3% do PIB, a falta de confiança dos empresários da indústria e do comércio, e do próprio consumidor", salientou Galló. Ele não acredita em retomada de crescimento antes do final de 2017, e destaca que este cenário contribuirá para a queda de vendas das empresas que não estiverem preparadas, acelerando a consolidação do mercado, a partir da concentração das marcas que vencerem a crise. "Quem fizer o dever de casa, sairá mais forte no final. A melhor forma de transformar a ansiedade em torno da crise é transformá-la em algo concreto", discursou.
Somando 278 lojas, a Renner (que também agrega as bandeiras Camicado e Youcom), emprega atualmente 18 mil pessoas e deve crescer a dois dígitos no final deste ano. Para andar na contramão das demais lojas do comércio, que amarguraram queda nas vendas, além de investimento em diversas áreas da empresa, o presidente do grupo afirma que iniciou um processo de "preparação das lojas para o momento atual", que vem sendo implementado desde 2003. "Naquela época já vislumbrávamos que o modelo de crescimento da economia pelo consumo iria se esgotar", explica.
Na visão do gestor, neste período foi criado um "mercado artificial" no País, com a implementação de incentivos fiscais e de crédito, que apesar de atender a uma demanda reprimida, também gerou um consumo "antecipado" de produtos como carros e eletrodomésticos, por exemplo. "Este tipo de produto não se troca em dois anos. Era esperado que em algum momento as vendas destes setores iriam cair."
Ao sinalizar que só acredita na estabilização da economia a partir do segundo semestre de 2017 (antes do crescimento a partir de 2018), Galló avalia que 70% da causa da recessão é derivada da crise política do País. "Está na hora dos políticos que estão na colina em Brasília, olharem para quem está na planície. Até agora só se viu interesses pessoais em jogo, ninguém está pensando no Brasil", criticou.
Para o empresário, com ou sem impeachment o quadro se mantém negativo para a economia. "O País só vai recuperar o crescimento a partir de investimento em infraestrutura, como estradas, aeroportos e indústria de base", sugeriu. Enquanto isso não acontece, resta aos varejistas analisarem seus investimentos com mais cautela, olhando para as oportunidades que surgem em meio à crise, reforça o gestor. Em 2015 o grupo abriu 28 filiais das Lojas Renner, 10 da marca Camicado e 12 da Youcom. "Sempre haverá espaço para a inovação. E neste cenário, o fast fashion vai crescer mais do que o varejo tradicional", uma vez que conquistou grande espaço no mundo inteiro, acrescentou Galló.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO