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conjuntura

- Publicada em 08 de Dezembro de 2015 às 18:57

Balança pode ter superávit de US$ 50 bi em 2016, diz Barbosa

Na primeira semana de dezembro, o Brasil exportou US$ 3,040 bilhões

Na primeira semana de dezembro, o Brasil exportou US$ 3,040 bilhões


TÂNIA RÊGO/ABR/JC
A balança comercial brasileira pode ter superávit de US$ 50 bilhões em 2016, disse ontem o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa. De acordo com Barbosa, trata-se de uma projeção do banco de investimentos Credit Suisse.
A balança comercial brasileira pode ter superávit de US$ 50 bilhões em 2016, disse ontem o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa. De acordo com Barbosa, trata-se de uma projeção do banco de investimentos Credit Suisse.
"É uma previsão de mercado", ressaltou o ministro. Segundo Barbosa, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) é quem cuida da previsão oficial do governo para o saldo comercial. Até o momento, o ministério só divulgou projeção para o saldo de 2015, de superávit de US$ 15 bilhões. A projeção citada por Barbosa está acima da previsão para o saldo da balança do mais recente boletim Focus. A pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central estima em R$ 31,4 bilhões o saldo da balança comercial para 2016.
Barbosa disse ainda que o desafio do governo é aumentar os investimentos, tanto públicos quanto privados, apesar do momento de dificuldade econômica. Segundo o ministro, no próximo ano, deve haver estabilidade nominal (numérica) do investimento público. "Parte dos investimentos do Minha Casa Minha Vida deve ser assumida pelo FGTS temporariamente", informou.
"Estamos buscando fazer com recursos públicos e incentivar investimentos privados, por exemplo, com programas de concessão e uma consulta pública para rever o marco regulatório das comunicações." De acordo com Barbosa, a mudança no marco regulatório tem potencial para "destravar investimentos" no setor. "(O marco regulatório atual) foi feito quando não havia smartphone, tablet, como hoje", destacou o ministro, referindo-se à lei em vigor, que é de 1997. A consulta pública está aberta até o dia 23 deste mês.
A balança comercial registrou um superávit de US$ 769 milhões na primeira semana de dezembro, com apenas quatro dias úteis. Com isso, no ano, o resultado fica positivo em US$ 14,210 bilhões, resultado de US$ 177,392 bilhões em vendas ao exterior e US$ 163,182 bilhões em produtos importados.
Na primeira semana de dezembro, o Brasil exportou US$ 3,040 bilhões e importou
US$ 2,271 bilhões. Em ambas as situações houve um recuo em relação aos resultados do ano passado, com destaque para as importações, que tiveram uma queda de 27,3% em relação aos primeiros dias de dezembro de 2014. Os principais fatores que contribuíram para o resultado foram os recuos nas compras de combustíveis e lubrificantes (-52,5%), equipamentos eletroeletrônicos (-40,9%), borracha e obras (-30,1%), veículos automóveis e partes (-29,4%), equipamentos mecânicos (-28,8%) e plásticos e obras (-27,2%). Já as exportações tiveram retração de 4,4% na comparação com 2014, puxado pela queda de 13,7% nas vendas de produtos semimanufaturados, sobretudo de ouro, ferro-ligas, ferro fundido, couros e peles, e pelo recuo de 9,6% nos produtos básicos, principalmente farelo de soja, minério de ferro, café em grão, petróleo bruto e carne bovina. Já as vendas de produtos manufaturados cresceram 5,8%. Esse movimento aconteceu por conta do aumento nas vendas de tubos flexíveis de ferro e aço, motores e geradores, etanol, bombas e compressores, entre outros itens.

Ministro defende desvinculação de receitas da União

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, defendeu, nesta terça-feira, a ampliação da desvinculação das receitas da União (DRU). Ele disse que, da forma como funciona hoje, o Orçamento está "extremamente rígido", à medida que 82% das receitas da União estão vinculadas. Com a desvinculação, o governo ficaria livre para realocar as despesas em outras prioridades, sobretudo para a seguridade social: 48% do montante seria realocado na pasta de Trabalho e Previdência Social.
A equipe econômica propôs um aumento de 20% para 30% do percentual do Orçamento que pode ser gasto livremente. Pelos cálculos dos técnicos, R$ 118 bilhões em receitas ficariam disponíveis para manejo do governo. Na proposta original este número seria maior, de R$ 121,4 bilhões, mas cai em função da decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de não incluir os fundos na desvinculação.
"Isso (a DRU) não é obra de um governo ou outro, é uma construção de várias décadas que foi criada para proteger diversas áreas. Mas o resultado disso é um orçamento extremamente rígido. Por isso estamos propondo a desvinculação das receitas da União. Isso aumenta a flexibilidade na alocação de receitas."