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Economia

- Publicada em 08 de Dezembro de 2015 às 17:37

PIB da construção deve ter queda de 8% em 2015

A Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), indicou que os empresários do setor estimam uma retração de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) da construção em 2015 e uma contração de 5% para 2016. De acordo com o grupo, a crise política e a ausência de novos investimentos públicos e privados terão grande impacto na atividade econômica do setor.
A Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), indicou que os empresários do setor estimam uma retração de 8% no Produto Interno Bruto (PIB) da construção em 2015 e uma contração de 5% para 2016. De acordo com o grupo, a crise política e a ausência de novos investimentos públicos e privados terão grande impacto na atividade econômica do setor.
"A indústria da construção é favorável a uma resolução rápida da crise política, fundamental para a retomada das medidas destinadas ao ajuste fiscal e à consequente manutenção do grau de investimento", afirma o presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto. "Mas queremos simultaneamente a adoção de medidas que abreviem a recessão e levem à retomada do crescimento", acrescentou.
A coordenadora de projetos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Ana Maria Castelo, explicou, ao detalhar as tendências por segmento, que a atividade no mercado imobiliário não deve voltar ao terreno positivo em 2016, diante do cenário macroeconômico de desemprego, inflação e queda na confiança do consumidor. "Ainda não é possível pensar na retomada do mercado imobiliário em 2016", disse, ao indicar que o setor deve ter baixa maior que infraestrutura.
Já em relação à infraestrutura, o cenário é mais nebuloso e depende do desenvolvimento de impasses políticos. Inicialmente, a perspectiva é negativa e não deve ter recuperação, mas não se sabe como será o cronograma de obras para o ano que vem, disse Ana Maria Castelo. Em 2015, ela explicou que infraestrutura já teve uma forte queda, maior do que a do mercado imobiliário.
A Operação Lava Jato e os efeitos nos investimentos de grandes empresas, como Petrobras, foram alguns dos principais motivos para o enfraquecimento da infraestrutura. De acordo com a pesquisadora, a redução de investimentos da estatal, que tem afetado a própria empresa e fornecedores, ainda deve afetar o ano de 2016. Do lado positivo, ela enxerga um movimento a favor de uma melhora na governança.
De acordo com o presidente do Sindicato, será fundamental atrair capital privado nacional e estrangeiro para novas concessões de Parcerias Público-Privadas (PPPs), indispensável para prosseguir com o Minha Casa Minha Vida (MCMV) e Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e ampliar a captação de recursos para financiamento imobiliário.
O dirigente apontou que há hoje uma série de ferramentas alternativas, como Letra de Crédito Imobiliário (LCI), debêntures e securitização, que poderiam ajudar a captação de recursos. No entanto, com os atuais juros elevados, não é possível acessá-los. Para ele, é preciso que o governo aplique reformas e retome o caminho do desenvolvimento, de modo que os juros recuem e se direcionem recursos para o setor de construção.
Entre 2014 e 2015, o setor perdeu mais de 780 mil postos de trabalho. Em outubro, a construção civil já acumulava a perda de 508,2 mil empregos em 12 meses, de acordo com dados da pesquisa realizada pelo Sinduscon-SP, com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego. A entidade acredita que o emprego pode ter nova queda em 2016, de 5,5% a 6%, ou 200 mil vagas.
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