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Conjuntura

- Publicada em 07 de Dezembro de 2015 às 20:03

Ibovespa abre semana em queda de 0,30% puxado pelo forte recuo no petróleo


A Bovespa apagou os ganhos exibidos na manhã de ontem e trabalhou, praticamente a tarde toda, em baixa, na esteira do recuo do preço do petróleo e de seus efeitos sobre a Petrobras e as ações norte-americanas. Os investidores ainda monitoraram o jogo político em torno da comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A Bovespa apagou os ganhos exibidos na manhã de ontem e trabalhou, praticamente a tarde toda, em baixa, na esteira do recuo do preço do petróleo e de seus efeitos sobre a Petrobras e as ações norte-americanas. Os investidores ainda monitoraram o jogo político em torno da comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,30%, aos 45.222 pontos. No mês, acumula ganho de 0,23%, e, no ano, queda de 9,57%. O giro financeiro totalizou R$ 5,135 bilhões.
Durante a manhã, a bolsa operou em alta, mas o fôlego foi diminuindo depois que Wall Street começou a operar. No início da tarde, o índice virou para baixo e ainda tentou se segurar em muitos momentos perto do zero a zero, com pequena alta, mas não conseguiu se manter assim.
O forte recuo do preço do petróleo de fato pressionou para baixo as bolsas norte-americanas, e o efeito no Brasil foi duplo, via mercado acionário dos EUA e via commodity. E tudo porque a Opep, ao contrário do que se esperava, não cortou sua meta de produção para segurar os preços.
Petrobras ON caiu 5,37%, seguida por Petrobras PN (-4,39%), Oi ON (-4,37%), Metalúrgica Gerdau PN (-4,05%), Usiminas PNA (-4,04%), Multiplan ON (-3,38%) e Gerdau PN (-2,57%) na lista de maiores baixas do índice. Vale ON cedeu -1,13% e Vale PNA caiu 1,50%, pressionadas pelo recuo do preço do minério de ferro em 1,3%, para US$ 38,90 a tonelada, o menor nível em quase 10 anos.
Os investidores monitoraram o jogo político em cima da comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, com efeito sobre o mercado de câmbio. Depois de uma abertura em baixa, a moeda acabou virando.
Se por um lado boa parte do mercado avalia que uma mudança na presidência é positiva, por outro muitos investidores demonstraram cautela com o processo. O dólar terminou a sessão em alta de 0,45%, a R$ 3,7641.

Fitch diz que estados impulsionados por commodities devem se sair melhor

A agência de classificação de risco Fitch afirmou que, conforme o PIB do Brasil continua a sofrer contração - de "aproximadamente 3% em 2015 e de 2% em 2016", segundo ela -, o impacto disso nos estados do País variará, dependendo de suas fontes de receita. Os estados impulsionados pelas atividades do setor de commodities devem se sair melhor, seguidos por aqueles que se apoiam na demanda doméstica. "Os estados com processos fracos de arrecadação de impostos devem se sair pior", afirma a agência em nota.
"Os estados impulsionados por commodities continuarão a se beneficiar do crescimento da exportação puxado pela depreciação do real brasileiro", diz a Fitch. Em alguns estados, as atividades relacionadas às exportações representam até 50% da economia. Mesmo diante de isenções fiscais, as exportações apoiam também outros setores, lembra a agência. Estados como Espírito Santo, Goiás e, em alguma medida, Santa Catarina estão nesse grupo. "Alguns estão considerando a elevação de tarifas." São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul são exemplos de grandes estados que confiam em grande medida na demanda doméstica para gerar receita. "Eles enfrentam o mesmo risco de baixa do País", diz a Fitch. A proposta paulista de elevar impostos sobre produtos não essenciais, por exemplo, não será grande o suficiente para fortalecer a receita tributária, prevê a agência. "Além disso, nós não esperamos benefícios significativos dos esforços para conter os mercados informais e coletar impostos sonegados."
Os estados com desempenho mais fraco na coleta de impostos sofrerão mais. "Alguns já têm sofrido com os preços baixos do petróleo e a dependência relativamente alta das transferências federais", diz a agência, que cita nesse grupo Rio de Janeiro, Pernambuco e Maranhão. O Rio de Janeiro depende dos royalties do setor do petróleo, enquanto Pernambuco e Maranhão dependem mais das transferências federais. "Todos os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal precisarão continuar a conter os gastos para lidar com a receita muito mais baixa", diz a Fitch. A agência diz que isso tem significado a fusão de departamentos e o fechamento de outros, a demissão de trabalhadores temporários e o congelamento de investimentos financiados pelos estados.