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Economia

- Publicada em 07 de Dezembro de 2015 às 22:07

Corretora de seguros do Banrisul vai operar em 2016

Hingel descarta a abertura de capital em bolsa no próximo ano

Hingel descarta a abertura de capital em bolsa no próximo ano


JONATHAN HECKLER/JC
Patrícia Comunello
A subsidiária do Banrisul na área de venda de seguros deve entrar em operação no primeiro semestre de 2016. A Banrisul Corretora de Seguros foi aprovada pela Assembleia Legislativa no fim de novembro, ao lado da Administradora e Processadora de Cartões, cujo prazo de constituição ainda não foi definido. Menor recolhimento de tributos é um dos atrativos de ter o braço de seguros, com receita de comercialização que cresce com velocidade de 40% ao ano, desde 2012. Em 2014, a receita do segmento foi de R$ 120 milhões, que já havia sido superada até o terceiro trimestre deste ano.
A subsidiária do Banrisul na área de venda de seguros deve entrar em operação no primeiro semestre de 2016. A Banrisul Corretora de Seguros foi aprovada pela Assembleia Legislativa no fim de novembro, ao lado da Administradora e Processadora de Cartões, cujo prazo de constituição ainda não foi definido. Menor recolhimento de tributos é um dos atrativos de ter o braço de seguros, com receita de comercialização que cresce com velocidade de 40% ao ano, desde 2012. Em 2014, a receita do segmento foi de R$ 120 milhões, que já havia sido superada até o terceiro trimestre deste ano.
Com a corretora, a taxação sobre lucro não deve chegar a 45% (Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, que é maior para bancos). A tributação do sistema financeiro aumentou em 2015. Este ano, caso estivesse em operação, a corretora provocaria redução de R$ 14 milhões na despesa, segundo a área financeira da instituição. O diretor de Relações com Investidores (RI) e Financeiro do banco estadual, Ricardo Hingel, explicou que os procedimentos para registro junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep) e outros órgãos devem ser feitos no começo de 2016. Na atuação no dia a dia, Hingel destacou ontem que a matéria ainda precisa ter sanção do governador José Ivo Sartori (PMDB). O dirigente lembrou que a estrutura de vendas já existe, e que o banco gaúcho era o último que não havia criado operação em separado.
Sobre a possibilidade de abrir capital na Bolsa de Valores (BM&FBovespa), Hingel descartou a medida para o próximo ano. "Não tem ambiente para isso no mercado de capitais, além de não ter decisão de fazer", justificou. Nos anos recentes, Banco do Brasil e Caixa fizeram IPOs (oferta inicial de ações) com empresas de seguridade. O BB bateu recorde de capitalização, captando mais de R$ 11,3 bilhões. A PAR (Caixa e GP Investments) somou R$ 602 milhões. Segundo Hingel, o banco não teria necessidade de aumento do capital ou de recursos para gerar liquidez.
"Vamos constituir a empresa para crescer mais no setor", atribuiu o dirigente, apontando que o alvo será a fatia entre os mais de 4 milhões de correntistas que contratam em outras instituições seus seguros - de carro à vida e previdência ou microsseguros. A equipe da área de seguros já tem plano de negócios definido para a nova condição da operação. Hoje, o banco tem contrato com a Icatu Seguros para produtos de vida e previdência. A aposta é que o ramo se mantenha em alta, enquanto nos demais (crédito e outros segmentos financeiros), a retração da economia tem gerado maior rigor em concessão de crédito (principalmente pessoa jurídica e aumento de provisões - inadimplência). Hingel vislumbra para 2016 maiores danos para pessoa física, relacionados ao desemprego que pode chegar mais forte no setor de serviços. Sobre a operação de empréstimo para servidores (segunda parcela do 13º salário), o banco aguarda as definições do governo estadual e Assembleia Legislativa. A expectativa é que se repita a adesão acima de 75% do funcionalismo, como foi nas operações realizadas no governo de Germano Rigotto, entre 2004 e 2006.
Hingel afastou temores de investidores sobre a vinculação entre banco e Estado (maior acionista) nestas operações, devido ao baixo risco e mesmo peso na carteira de crédito. O diretor de RI comemorou ainda a extinção da ação judicial que a Defensoria Pública havia movido contra cobrança de juros e multas em contas e financiamento de correntistas servidores estaduais que receberam os salários em atraso. O judiciário considerou que o banco não é parte no problema, segundo Hingel.
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